Turismo do Estado do Amapá

O Estado do Amapá está localizado no extremo Norte do Brasil, quase que inteiramente no hemisfério Norte. Por suas características geo-físicas, sociais, políticas e econômicas, faz parte da vasta região Amazônica ou região Norte do Brasil, tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará ao sul e oeste, e o Suriname a noroeste. Ocupa uma área de 142.814,585 km². É maior que muitos países da Europa.

A cidade de Macapá é a capital do Estado, fica localizada ao sul e é banhada pelo braço norte do rio Amazonas. As cidades mais populosas são Macapá e Santana.

O Estado é banhado a leste pelo Oceano Atlântico e o rio Amazonas. O seu litoral com 242 Km de extensão, vai do Cabo Orange ao Cabo Norte, isto é, da foz do rio Oiapoque à foz do rio Amazonas.

O relevo é pouco acidentado, em geral abaixo dos 300 metros de altitude. A planície litorânea se caracteriza pela presença de mangues e lagoas. Amazonas, Jari, Rio Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá são os rios principais.

O Amapá tem esse nome devido ao amapazeiro, árvore típica da região, inclusive está no brasão do estado. Essa árvore dá um leite e um fruto saboroso em formato de maçã, de cor roxa, servindo muitas vezes como parte da farmacopéia do rico "mundo" amazônico.

O Estado é dominado por três grandes domínios geográficos: amazônico, guianense e oceânico. Por causa dessa característica, possui ambientes naturais surpreendentes, diversificados e, principalmente, preservados.

Cerrado, costa de mangues, campos de várzea e campos inundáveis, cercados por imensos lagos navegáveis, compõem essa paisagem singular.

Este conjunto se fecha com uma malha extensa de rios, os mais importantes são o Araguari, o maior rio do interior do Estado e onde acontece o fenômeno da pororoca , e o Oiapoque, que faz fronteira com a Guiana Francesa.

Estes rios, cheios de cachoeiras e corredeiras, têm grande variedade de peixes, onde se destaca em particular o Tucunaré, peixe símbolo da pesca esportiva.

Com esse potencial, o ecoturismo aparece como alternativa econômica natural: atrai investimento e gera riqueza para a população local. O Amapá foi o primeiro estado brasileiro a ter todas suas áreas indígenas demarcadas.

O Estado, de um modo geral, absorve um conjunto de tradições, lendas, crenças e costumes tão ao jeito do seu povo, como se pode observar através do seu riquíssimo folclore, destacando-se a dança e a culinária, preservados através das festas, realizadas ao longo do ano.

Seus pratos típicos indígenas, como por exemplo a maniçoba preparo feito com folhas de mandioca ), acrescido de carne de porco e de bovino; caldeirada do tucunaré (peixe com muitos ingredientes), figuram entre alguns dos mais conhecidos.

Tacacá é uma iguaria não só do Amapá, mas também da região amazônica brasileira, em particular do Acre, Pará, Amazonas e Rondônia. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu.

A Castanha-do-Brasil, o açaí, o bacaba, ( palmeira de cujo fruto se extrai um vinho) e o tacacá ( uma sopa típica com sabor selvagem), além de outras iguarias tão saborosas quanto únicas, são algumas das frutas exóticas da região.

Se na culinária os mapaenses se desdobram em compor pratos requintadamente tradicionais, já na dança, ao som das caixas ( tambores ) rusticamente confeccionados, os participantes na sua maioria negros e mulatos, dançam ao redor dos tocadores, destacando-se ainda o Marabaixo, ritual de origem africana.

O Marabaixo é uma manifestação cultural riquíssima do Estado do Amapá. O ciclo do Marabaixo é composto por missas, novenas, procissões, bailes populares, danças e rituais do Marabaixo, e dura aproximadamente sessenta dias.

A dança do Marabaixo é bem interessante, geralmente composta por mulheres e os homens acompanham tocando as caixas de Marabaixo, instrumentos de percussão feitos com troncos de árvores.

A produção artesanal amapaense, principalmente a de cerâmica, é bastante diversificada e sofre influência nordestina e indígena.

Um dos pontos que mais chamam atenção no turismo de Amapá é um fenômeno natural chamado Pororoca. Pororoca é onde se encontram as águas do mar com as águas do Rio Araguari, fazendo um ensurdecedor barulho e uma elevação da água de até 6 metros, levando árvores das margens. Em seus rios, cachoeiras e corredeiras há grande variedade de peixes, destacando o Tucunaré, peixe simbolo da pesca esportiva.

Amapá ainda conta com suas praias como: Araxá e Fazendinha, proximas da Capital, além do bosque Florestal em Calçoene, a Praia Oceânica do Goiabal, que se destaca por sua beleza natural e pela riqueza de peixes e revoadas de guarás.

A região onde fica o Amapá já foi disputada por franceses, ingleses e holandeses. Uma comissão de arbitragem que se reuniu em Genebra, garantiu a posse definitiva ao Brasil, em 1900.

Em Macapá, a capital, a Fortaleza de São José é o principal ponto de visitação e considerada um dos mais imponentes e sólidos monumentos militares do Brasil colonial. Foi erguida para assegurar a conquista definitiva da Amazônia pelos portugueses.

Para marcar a passagem da linha imaginária do Equador pela cidade - uma das únicas no mundo - foi construído um monumento, o Marco Zero, com relógio de sol e terraço para observações.

Macapá possui uma zona de livre comércio, o que possibilita oportunidades de negócios para a economia do estado, principalmente para a indústria, o comércio, turismo e os serviços.

Uma das raras cidades do mundo cortada pela Linha do Equador, o que permite ao macapaense estar ao mesmo tempo nos dois hemisférios (Norte e Sul). Não possui nenhuma ligação rodoviária com outra capital

Atualmente, está sendo construída sobre o Rio Oiapoque a ponte binacional, entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa, a obra está localizada a 5 km da cidade de Oiapoque (cidade a 600 km da capital).