África está crescendo e precisamos ajudar para que continue

06/05/14

O secretário de estado norte-americano, John F. Kerry, escreveu uma coluna de opinião no jornal Washington Post, na semana passada, enaltecendo o crescimento africano. De acordo com o político, a renda aumentou mais de 30%, revertendo duas décadas de declínio.

Sete das dez economias que crescem mais rápido em todo o mundo são africanas. A expectativa é que o GDP cresça 6% ao ano na próxima década. As infecções por HIV caíram mais ou menos 40% na África Subsariana e as mortes infantis por malária declinaram 50%. Os índices de mortalidade de crianças estão caindo, enquanto a expectativa de vida está aumentando.

O senador destaca que o momento é de grande oportunidade e de decisão para os africanos. Segundo ele, as escolhas que os africanos e seus líderes realizarem determinarão se a década de progressos levará a África para uma era de prosperidade e estabilidade ou se o continente voltará ao ciclo de violência e governos fracos que seguraram a África por tanto tempo. Os desafios seriam reais, como conflitos sangrentos se desenvolvendo na República Centro-Africana, no Congo e no Sudão do Sul e corrupção intensa, por meio da qual $148 bilhões são desperdiçados todo ano pela prática. O texto aponta que a África precisa de líderes e instituições fortes que possam defender os direitos humanos, denunciar discriminação contra mulheres e minorias e remover restrições à liberdade de expressão.

Kerry lembra que os Estados Unidos e as nações africanas têm fortes laços históricos, econômicos e políticos. Os governo dos Estados Unidos, diz ele, investiu bilhões de dólares na saúde, levando a um real progresso no combate à AIDS e à malária. Por sua vez, as forças de segurança estariam trabalhando na África para lutar contra o extremismo.

Como um amigo, anuncia o senador, os norte-americanos têm um papel a cumprir ajudando os africanos a construir um futuro melhor. A coluna defende que os líderes africanos, além de estimularem a tolerância de gênero, sexual e religiosa, devem abrir seus mercados para o livre comércio.

Fonte: Jornal do Brasil