Produção de veículos no Brasil cai 20% em maio sobre abril por greve dos caminhoneiros
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- 06/06/18
A produção brasileira de veículos em maio despencou 20,2 por cento sobre abril e recuou 15,3 por cento na comparação com maio do ano passado, impactada pela greve de caminhoneiros, que obrigou o setor a paralisar suas atividades durante vários dias no final do mês passado. A indústria produziu 212,3 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em maio, acumulando nos primeiros cinco meses do ano 1,178 milhão de veículos montados, informou nesta quarta-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Na comparação anual, a produção de carros caiu 14 por cento e a de comerciais leves teve retração de 28 por cento. O segmento de caminhões teve queda de 2 por cento e o ônibus teve baixa de 14 por cento.
"O movimento grevista interrompeu uma sequência de crescimento que vínhamos tendo", disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
As vendas de veículos novos recuaram 7,1 por cento na comparação mensal para 201,9 mil unidades em maio, impactadas também pela greve dos caminhoneiros. Na comparação com maio do ano passado, as vendas subiram 3,2 por cento.
No acumulado de janeiro a maio, as vendas de veículos novos no país subiram 17 por cento sobre o mesmo período de 2017, para 964,8 mil unidades.
"A greve trouxe um impacto forte, acreditamos que foram perdidas 25 mil unidades que poderiam ser licenciadas no período...deveríamos chegar nas 227 mil unidades emplacadas (em maio)", disse Megale.
O setor apurou exportações de 1,44 bilhão de dólares em maio, queda de 15,1 por cento na comparação com abril e recuo de 2,1 por cento no compartativo anual. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as vendas externas somam 7,22 bilhões de dólares, alta de 19,5 por cento sobre o mesmo período de 2017.
As exportações unitárias de todos os segmentos de veículos montados recuaram 17 por cento em maio sobre um ano antes, para 60,75 mil unidades, em meio a dificuldades no transporte dos modelos prontos até os portos exportadores gerada pela greve dos caminhoneiros.
Fonte: Reuters