Grupo de Eike Batista será dividido para facilitar vendas e parceria

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Com a reestruturação que está em curso no grupo controlado por Eike Batista, a EBX deve deixar de ser a holding que reúne e administra as empresas X. Segundo uma fonte ligada ao grupo, ouvida pelo'Broadcast', a EBX se tornará a gestora dos ativos que permanecerem com o empresário depois do processo de venda parcial ou integral que envolverá todas as ramificações do grupo.

As companhias de capital aberto, listadas na bolsa, e que hoje estão abrigadas sob o mesmo guarda-chuva da EBX (que, por sua vez, é de capital fechado) deixarão de sertão interligadas. A separação tem o objetivo de facilitar operações de venda parcial ou integral. As sinergias que puderem ser mantidas serão analisadas caso a caso. De acordo com a fonte, este era um processo que aconteceria mesmo sem a crise, mas com um prazo maior. A previsão era de que em 2016, quando as empresas já estivessem em fase operacional plena, a EBX virasse um veículo para administrar os ativos de Eike e deixasse de ser uma holding.

A crise de credibilidade que derrubou todas as empresas do grupo X, além de acelerar o processo, mudou bastante a reestruturação, já que o empresário será obrigado a vender ativos e abrir mão do controle de empresas. Antes, a ideia passava também pela venda de participação, mas com Eike no controle.

Ontem, na expectativa do grupo encontrar um parceiro estratégico com fôlego financeiro para tocar os projetos em desenvolvimento pela LLX, as ações da empresa de logística de Eike subiram 25% no pregão da BM&FBo- vespa. Mesmo com a disparada, a cotação não superou RS 1,25.

Sem receita suficiente para fazer frente ao grande endividamento do grupo, Eike tem de fazer dinheiro" rapidamente.

O empresário tem divulgado notas em que repete que o endividamento de curto prazo já está equacionado e o que resta é reestruturar o endividamento de longo prazo.

Os credores de grande parte da dívida são grandes bancos comerciais, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou em torno de R$ 10 biIhões para diversas empresas do grupo.

Dois empréstimos concedidos a empresas de Eike pelo BNDES têm vencimento em agosto e setembro. O primeiro é o da OSX, de RS 40 milhões, para as obras do estaleiro no Porto do Açu. Em se­tembro vence o de R$ 518 milhões,parte de um financiamento maior para a implantação do porto, no município de São João da Barra.

O contrato de longo prazo está em análise. Segundo fontes, estaria em suspenso até a definição da situação da empresa. Procurado, o BNDES não confirmou as informações, apenas confirmou a concessão dos empréstimos. "

Fonte: O Estado de São Paulo

 

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