Porto Sudeste de Eike nas mãos de brasileiros
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- 23/07/13
Para evitar que o Porto Sudeste - que pertence a MMX de Eike Batista – seja vendido para empresas estrangeiras, grupos brasileiros estão se articulando para adquirir o empreendimento. O porto tem papel estratégico para as empresas de mineração e siderúrgicas brasileiras por permitir forte influência sobre o preço do minério de ferro no país. A compra teria ainda como objetivo assegurar a essas empresas um terminal próprio para escoamento do minério de ferro produzido para exportação.
Fontes do setor, afirmaram ao jornal Valor, que algumas mineradoras estrangeiras estão de olho no Porto Sudeste, como a suíça Glencore Xstrata e a holandesa Trafigura que já mantêm negociações com a MMX. A influência sobre o mercado de minério de ferro no Brasil teria efeitos negativos sobre os negócios de mineradoras e siderúrgicas nacionais. As empresas brasileiras do setor estão avaliando a possibilidade de compra do porto que deverá entrar em operação até o final deste ano.
Capacidade de embarque
O Porto Sudeste deverá chegar a sua plena capacidade de embarque de minério de ferro em 2016m, quando poderão passar pelo terminal 50 milhões de toneladas por ano. Há, no entanto, a possibilidade de uma duplicação dessa capacidade que está sendo analisada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para licenciamento da produção de 100 milhões de toneladas.
Usiminas, Gerdau e Arcelor Mittal são algumas das interessadas na compra do Porto Sudeste não só para embarque do minério de ferro, mas também de olho no marco regulatório do setor portuário que vai permitir o embarque e desembarque de cargas de terceiros. A venda do porto para empresas brasileiras seria interessante também para o governo brasileiro que não teria mias necessidade de licitar uma área em Itaguaí, conhecido como Porto do Meio, para embarque e desembarque de minério de ferro.
Fonte: Jornal do Brasil