Primeiro aeroporto privado do Brasil corre o risco de ficar "ilhado"

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O primeiro aeroporto concedido à iniciativa privada pelo governo Dilma Rousseff já está em fase de conclusão no Rio Grande do Norte, mas corre o risco de ficar "ilhado" por causa do atraso nas obras dos acessos viários.

O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), erguido a cerca de 40 km de Natal, deve ter as obras concluídas em dezembro e pretende iniciar as operações em abril de 2014, a tempo de receber turistas e delegações para a Copa do Mundo, segundo o consórcio Inframérica, que obteve o direito de construção e exploração por 25 anos.

No entanto, os dois trechos rodoviários que devem conectar o aeroporto à capital potiguar ainda nem começaram a ser feitos. O início das obras, orçadas em R$ 73 milhões, está atrasado em mais de um ano e preocupa os gestores da Inframérica. "Se houver atraso [no início das operações], o problema vai ser da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil, do governo federal], porque eu vou estar com o aeroporto pronto, e vai ser uma vergonha para o Estado do Rio Grande do Norte", afirma o presidente do Conselho de Administração do Consórcio, José Antunes Sobrinho.

O secretário de Comunicação do governo do Estado, Edilson Braga, admite que o acesso sul do aeroporto, que passará pela BR-304, só será entregue depois de abril.

Ele, porém, promete que o aeroporto não ficará ilhado, porque o acesso norte seria ligado à BR-406 até abril.

Em 2011, o governo do Estado chegou a prever a conclusão dos acessos até dezembro deste ano.

A razão do atraso decorre de problemas na licitação. A empreiteira Queiroz Galvão, que obteve o direito de fazer as obras de acesso, desistiu do contrato depois de o governo se negar a reajustar preços antes que o serviço começasse.

O governo convocou a segunda colocada na licitação, a EIT Engenharia, há cerca de 30 dias. O contrato foi assinado, segundo a construtora, mas a ordem de serviço ainda não saiu.

O prazo, disse o diretor regional da EIT, Dorian Carlos de Melo, "é apertado". "Conseguiremos construir até abril se não houver empecilhos externos, como chuvas", disse.

Ele espera que, em oito dias, comecem os serviços preliminares, como a mobilização de equipamentos e um levantamento topográfico. "Mas acredito que conseguiremos começar [a construção] na primeira semana de agosto", afirmou.

Aproximadamente 500 homens devem ser empregados no serviço. "Vão trabalhar em um turno bem mais elástico. Não vai ser um turno normal de oito horas", disse.

A Anac disse que acompanha a situação, mas que as obras são de responsabilidade do governo do Estado e que não pode definir prazos.

A Secretaria Nacional de Aviação Civil, por sua vez, limitou-se a dizer que está "preocupada" com o assunto e que, segundo o governo do Estado, o prazo contratual será cumprido.

Fonte: Folha de São Paulo

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