Novo embaixador quer fortalecer comércio com Argélia

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Eduardo Botelho Barbosa, 61, será o novo embaixador do Brasil na Argélia a partir do dia 15 de setembro. Para o diplomata, os dois países já tem uma relação política bem consolidada, assim, ele acredita ser importante desenvolver mais as relações comerciais.

"Nós temos uma parceria Brasil-Argélia que é complementar, muito sólida, baseada nas vantagens comparativas de cada um. A Argélia, com seus abundantes recursos energéticos, o Brasil, com seu agronegócio pujante. Nós temos aí a possibilidade de trocas, que nos últimos anos têm somado cerca de US$ 4 bilhões, com uma vantagem para a parte argelina, o que é um motivo para nós, brasileiros, tentarmos desenvolver mais a nossa participação no mercado argelino, que é um mercado que está em uma fase boa de crescimento", avaliou Barbosa. Em 2012, a corrente comercial entre os dois países somou US$ 4,367 bilhões. A Argélia exportou o equivalente a US$ 3,197 bilhões ao Brasil, sendo a maior parte em combustíveis. Já o Brasil exportou o equivalente a US$ 1,169 bilhão aos argelinos. Os alimentos foram os principais produtos vendidos.

Até quarta-feira (07), Barbosa tem uma série de reuniões agendadas com empresas brasileiras para saber sobre seus interesses comerciais na Argélia. As companhias que fazem parte da agenda de encontros do diplomata são de setores como construção, veículos e autopeças, implementos agrícolas, calçados, defesa, entre outros.

Para Barbosa, não há problemas no fato de a corrente comercial entre Brasil e Argélia ser baseada em produtos básicos. "Não vamos menosprezar a parte de commodities, porque se você ver as estatísticas do comércio mundial, a maior parte do comércio entre as nações do mundo é de commodities, e cada país aproveita suas vantagens naturais", afirmou.

Para ele, há outros setores nos quais o Brasil poderia avançar no mercado argelino, mas sem deixar as commodities de lado. "Eu vejo do lado brasileiro outras possibilidades, como o setor de material de construção civil, a área de sucos, além de trabalhar mais as áreas nas quais já temos presença, como carne, soja e açúcar. É bom lembrar que a Argélia é um mercado muito competitivo. O mundo inteiro quer vender para os argelinos. Não podemos descuidar do que nós já temos", ressaltou.

No mês passado, a Argélia lançou uma chamada internacional para a instalação de indústrias estrangeiras em seu território.  Segundo Barbosa, a entrada de empresas brasileiras no mercado argelino é um "caminho natural" no processo de internacionalização das empresas nacionais.

"Para essas empresas, é um desafio entrar no mercado do Norte da África, mas é um passo necessário. Acho que é um caminho natural e eu encorajaria muito as empresas a olharem as possibilidades de investimentos nesse mercado, que nós sabemos que é um mercado que tem um potencial de crescimento muito grande pela frente, e acho que o Brasil poderia ser um grande parceiro nos próximos anos", avaliou.

Diplomata desde 1977, Barbosa já atuou em países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Rússia e Bolívia. Natural do Rio de Janeiro, ele fala fluentemente inglês e francês, e é a primeira vez que assumirá o comando de uma embaixada.

Fonte: Aduaneiras

 

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