Exportação aos árabes cai 15,38% em receita apesar da alta de 6,08% no volume embarcado

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A exportação do Brasil aos países árabes somou US$ 6,05 bilhões de janeiro a julho, uma queda de 15,38% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 22,48 milhões de toneladas de produtos, um crescimento de 6,08% na mesma comparação. As receitas caíram em função do recuo nos preços internacionais de itens exportados pelo Brasil, barreiras impostas ao frango, maior competição por parte da Austrália na área de carne bovina e da greve do setor de transporte rodoviário de cargas ocorrida no final de maio e início de junho. O aumento do volume exportado, porém, mostra que a demanda pelas mercadorias brasileiras segue firme na região.

Boa parte do recuo nas receitas é explicada pela supersafra mundial de açúcar, principal produto exportado pelo Brasil aos países árabes. Isso pressiona o preço da commodity para baixo no mercado internacional e faz com que os produtores brasileiros direcionam mais cana de açúcar para fabricação de etanol, ao invés de produzir açúcar para exportação.

Além disso, a Arábia Saudita vem questionando ao abate de frangos no Brasil. O país é o principal destino do produto. Os sauditas questionam o uso de insensibilização elétrica antes do abate propriamente dito. A insensibilização reduz as perdas, pois o animal não se debate e, portanto, não estraga parte da carne. Esta exigência dos sauditas é um problema principalmente para empresas de menor porte.

Os países árabes são o quarto destino das exportações brasileiras [como um todo], frango de valor agregado e os esforços devem continuar nesse sentido.

Aumentaram, no entanto, as exportações de soja, em 37,48% sobre os sete primeiros meses de 2017, para US$ 212,19 milhões; de milho, em 42,9%, para US$ 183,53 milhões; de minério de ferro, em 34,72%, para US$ 851,65 milhões; e de carne bovina, em 1,39%, para US$ 513,86 milhões.

Fonte: Comex/CCAB

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