Comércio marítimo no Brasil cresce no 2o tri, mas infraestrutura pesa
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- 22/08/13
O comércio via contêiner brasileiro com o restante do mundo apresentou um crescimento no segundo trimestre, com aumento nas importações e exportações, mas ainda pressionado por problemas de infraestrutura, com destaque para o aumento no tempo de espera de navios nos portos.
Segundo estudo da empresa de transporte de contêineres Maersk Line juntamente com a Datamar, houve um aumento de 3,8 por cento no comércio brasileiro ano segundo trimestre, sobre igual período do ano passado, dando sinais de melhora após um leve crescimento de 1,6 por cento nos três primeiros meses do ano e queda de 0,3 por cento no último trimestre de 2012. As exportações de carga seca e refrigerada via contêiner cresceram 1,5 por cento no segundo trimestre, enquanto as importações via contêineres para o Brasil aumentaram 5,9 por cento na mesma base de comparação.
No entanto, os problemas com a infraestrutura tanto nos portos quanto nas suas proximidades tem pesado nesse crescimento e devem continuar a pesar nos próximos meses.
"A infraestrutura e a burocracia são um conjunto de fatores que afetam", afirmou o diretor comercial da Maersk, Mario Veraldo, em entrevista por telefone. "A espera de navios está crítica e o acesso ao porto também".
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) incluídos no estudo, no porto de Santos, o maior do país, o tempo médio de espera no segundo trimestre de 18,5 horas saltou para 38,9 horas em julho.
"E não melhorou (até o momento). A gente sentiu uma piora porque tem obras de manutenção nos diferentes terminais", disse.
Para Veraldo, os investimentos feitos em navios no último um ano e meio não foram acompanhados por investimentos no entorno dos portos, o que prejudica também a chegada de caminhões com cargas.
Embora considere que melhorar ou construir novas estradas levam um tempo, o diretor acredita que medidas para diminuir a burocracia já poderiam levar a uma redução no tempo de espera de contêineres e navios.
Fonte: Reuters