Clima econômico melhora na América Latina, mas continua desfavorável

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O indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE) melhorou entre julho e outubro, embora o clima continue desfavorável, negativo em 10,7 pontos, segundo estudo publicado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto alemão Ifo e a Fundaçlão Getúlio Vargas. A melhora foi puxada pelo Indicador das Expectativas (IE), que passou de um saldo zero para um positivo de 21,6 pontos. O Indicador da Situação Atual (ISA) teve um leve avanço, de apenas de 1,7 pontos, mas permanece negativo em 38,3 pontos.

 

No Brasil, o índice continua negativo desde julho de 2013, com um breve intervalo positivo em janeiro de 2018, quando os principais institutos de pesquisa projetavam crescimento do PIB ao redor de 3% e possível aprovação da reforma da Previdência.

Segundo a FGV, as incertezas que rondavam a eleição presidencial contribuíram para um clima econômico desfavorável. O país aparece com a terceira pior pontuação da América Latina, à frente apenas da Venezuela e Equador.

"Ao logo dos meses seguintes, o reconhecimento da baixa probabilidade da aprovação da reforma, considerada fundamental para melhorar o déficit fiscal e a divulgação dos resultados do nível de atividade que sinalizavam um crescimento menor que o esperado no início do ano explicam a piora do clima econômico em abril e agosto", conclui o indicador.

Na contramão do mundo

O comportamento do clima econômico da América Latina não coincidiu com o do mundo, que piorou, caindo para 2,2 pontos negativos. Segundo a FGV, esse distanciamento sinaliza que fatores domésticos na região latina aumentaram o seu peso para determinar o clima econômico da região.

A piora do ICE do mundo não foi uniforme entre as maiores economias do mundo. Enquanto na União Europeia o ICE recua em 10,2 pontos na comparação dos saldos entre julho e outubro, nos Estados Unidos aumenta em 8,2 pontos e no Japão em 11,5 pontos.

No caso dos países que compõem o BRICS, todos apresentam clima econômico desfavorável, exceto a Índia, sendo o maior saldo negativo, o do Brasil (-33,8) seguido da África do Sul (-27,0). Em outubro apenas Brasil e África do Sul melhoraram o clima econômico.

Fonte: G1

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