Inteligência Artificial é principal aposta em inovação para o Comércio Exterior no Brasil

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A adoção de novas tecnologias já é realidade no segmento de Comércio Exterior, não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Seja com objetivo de automatizar processos, reduzir custos ou garantir maior conformidade legal em todo o processo. Entre todas as inovações disponíveis, a Inteligência Artificial é a mais promissora para os profissionais que atuam diariamente com operações de importação e exportação.

Essa é a conclusão de um levantamento feito em parceria entre a multinacional de tecnologia Thomson Reuters e a Live University, universidade especializada em cursos voltados para negócios, que ouviu mais de 300 profissionais em posições de liderança e especialistas das principais organizações do país.

De acordo com a pesquisa, 77% dos profissionais de Comex acreditam que a Inteligência Artificial e o Machine Learning são as inovações com maior capacidade de trazer benefícios para o negócio, seguido da IoT (36%), Data Science e Blockchain (ambos com 22%).

"Isso é explicado pelo fato de que a unificação dessas tecnologias reúne quase tudo que o Comércio Exterior necessita para se tornar mais eficiente: boa análise de dados, segurança nas transações, conectividade, automação de processos e orientação para a tomada de decisão. Assim, é possível reduzir custos, minimizar riscos, aumentar a inteligência do negócio, investir mais tempo em atividades estratégicas e gerar excelência operacional", garante Santiago Ayerza Managing Director para o segmento Corporativo da Thomson Reuters América Latina.

A grande maioria dos entrevistados (95%) acredita que a adoção de novas tecnologias é positiva para o Comércio Exterior, pois traz benefícios e oportunidades para melhorias. Isso é comprovado pelo fato de que 82% das empresas pretendem manter ou ampliar os investimentos nesse sentido para 2019 e 85% das organizações já fazem uso ou pretendem implementar nos próximos anos mudanças impulsionadas pela Indústria 4.0 dentro do Comex.

"Isso está diretamente relacionado com a competitividade. Utilizar tecnologia de ponta está se tornando uma necessidade básica para quem importa e exporta mercadorias. O próprio mercado identifica isso, já que 77% dos profissionais que participaram da pesquisa acreditam que, em um prazo de três anos, não será possível se manter competitivo sem acompanhar as inovações tecnológicas", ressalta Ayerza.

O objetivo principal do investimento na Indústria 4.0 ainda é a redução de custos, fator apontado por 81% dos participantes, seguido por mitigação de riscos (73%) e aumento da competitividade (59%). No entanto, parte das empresas também valoriza a governança corporativa (41%) como fator importante para utilizar inovações em tecnologia. "Estar em conformidade legal e transmitir uma imagem transparente e positiva é fundamental para as relações e operações de comércio exterior. Por isso, é importante contar com soluções tecnológicas cada vez mais avançadas e que possam proporcionar este tipo de benefício", completa o executivo.

Mudanças na profissão

O levantamento identificou também a tendência de transformação das profissões relacionadas com Comércio Exterior por conta da implementação de inovações dentro do segmento. Todos os entrevistados acreditam que que a tecnologia poderá otimizar funções operacionais e/ou modificar as formas de atuação das pessoas na área. Já 95% creem que, por conta disso, novas funções e profissões, ainda não existentes, surgirão nos próximos anos.

O bom sinal é que o mercado está atento, pois 86% afirmam que suas organizações estão investindo na capacitação para que os colaboradores estejam preparados para as mudanças que devem surgir. "O bloco composto por IoT, Blockchain, Data Science, A.I e Machine Learning é a grande mudança de funções e transformação dos empregos nos próximos anos. Com a maior parte dos decisores otimistas quanto ao cenário mundial, e confiantes que o cenário brasileiro pode melhorar a partir de 2019, um cenário propício para implementação de novas tecnologias vai, aos poucos, se delineando", analisa Alex Leite Diretor Educacional da Live University Confeb.

Fonte: Comex

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