Davos: as preocupações com a estreia internacional de Bolsonaro

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O Fórum Econômico Mundial, que vai se realizar entre os dias 22 e 25 em Davos, na Suíça, será a estreia internacional do presidente Jair Bolsonaro. Uma oportunidade para mostrar a face do seu governo. Como toda grande oportunidade, comporta também um grande risco.

Como presidente recém empossado de um país com a importância econômica e política do Brasil, Bolsonaro estará sob intensa atenção da elite empresarial, financeira e política presente ao Fórum.

"A participação de Bolsonaro em Davos será como a estreia do Brasil numa copa do mundo", avalia uma autoridade com presença nas discussões sobre a participação da delegação brasileira no evento. "Uma vitória não é garantia de que será campeão. Um mal resultado vai deixar todo mundo nervoso", avalia essa autoridade.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi muito bem em 2003. Era a novidade política do momento e soube aproveitar a oportunidade. Dissipou dúvidas que haviam a respeito dele e dos propósitos do governo do PT.

Já a ex-presidente Dilma Rousseff foi mal em 2014, na primeira participação dela no fórum. Se atrasou em encontros, falou mais do que o tempo previsto e, principalmente, não convenceu que seria capaz de reverter os sinais negativos da economia brasileira. A chamada da nova matriz macroeconômica já estava encaminhando o Brasil para a recessão.

O desempenho do Brasil dependerá da fala de Bolsonaro – que prepara um discurso por escrito –, do ministro da Justiça, Sérgio Moro – que dará relevo ao combate à corrupção e ao crime organizado como ingredientes importantes para a melhoria do ambiente de negócios no Brasil –, e, principalmente, da mensagem que será levada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Davos combina muito bem com as propostas de reforma liberais do ministro da Economia. Mas sendo o palco do globalismo, fica difícil vender o antiglobalismo do chanceler Ernesto Araújo.

Davos é um fórum multidisciplinar. Embora as questões econômicas e políticas globais predominem, temas como meio ambiente, direitos de minorias também estão presentes. Neste caso, o governo Bolsonaro está sob vigilância internacional.

Em Davos, a delegação brasileira deverá ser chamada a responder dúvidas sobre o compromisso do Brasil com Acordo de Paris, demarcação de terras indígenas e questões ambientais.

O politicamente incorreto, que aflora em alguns segmentos do governo Bolsonaro, também não cai no gosto da elite refinada que vai a Davos.

Fonte: G1

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