Covid-19: momento de instabilidade pede atenção de investidores

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Rússia e Arábia Saudita brigam pelo preço do petróleo. O Covid-19 se torna uma pandemia e o presidente Donald Trump suspende viagens da Europa para os EUA. Resultado? O circuit breaker da bolsa de valores brasileira é acionado diversas vezes em uma única semana e o mundo dos investidores não é mais um caos tão controlado. Mas o momento pede cautela ou agressividade desses investidores?

Tudo depende do tipo de investidor que você é, afirma o professor adjunto na Faculdade de Administração da UFBA e gestor de risco do Banco Central, Antônio Francisco de Almeida da Silva Júnior. "Tudo isso trouxe muita instabilidade, mas os investidores de longo prazo, que possuem recursos e paciência, devem aproveitar esse momento de preços relativamente baixos para ir atrás de horizontes novos".

Já aqueles que investem a curto prazo, o mais oportuno é evitar riscos. "A bolsa de valores não costuma ser um espaço para investidores que desejam ter um retorno rápido, ainda mais em períodos como esse. Isso funciona bem para profissionais do mercado, que entendem a fundo essas oscilações e que qualquer momento é de entrar e de sair".

Isso não significa que eles vão se dar bem ou não, salienta Antônio, e sim que eles possuem um conhecimento de mercado que torna suas previsões mais assertivas.

Ainda assim, o receio por parte da maioria dos investidores é grande. A tendência é que muitos retirem seus investimentos, explica o economista e educador financeiro Edval Landulfo. A vida na bolsa de valores pode parecer mais caótica do que o normal, mas é preciso respirar fundo para não sucumbir ao alarde.

"Uma das causadoras dessa situação é a pequena batalha entre a Rússia e a Arábia Saudita sobre a produção do petróleo. Não sabemos até onde vai e ela pode causar sim um impacto nas carteiras. Porém, penso que ao invés de desfazer desses ativos, esse é um bom momento para usar aquele dinheiro guardado para ir em busca de alguma queda de ativo que tenha tido interesse antes, mas não o recurso para comprar", aconselha Edval.

Mas o grande vilão com certeza é o Covid-19. A maior problemática para a economia com a pandemia do Coronavírus é o quanto ela afetou a produção de bens de consumo mundial. "Algumas atividades estão sendo retomadas na China e a tendência é que a situação se normalize aos poucos. Por isso, os investidores devem aguardar um pouco essa baixa em suas carteiras. A perda real só irá acontecer com aqueles que se desfizeram desses ativos agora, a recuperação irá acontecer a médio e longo prazo".

O ideal é ter uma carteira diversificada, afirma Antônio Francisco. Todos os tipos de ativos possuem um papel nos investimentos, combinado, é claro, com o perfil de risco do investidor. "Diversificar uma carteira é o melhor a longo prazo do que ter uma carteira de investimento é uma única classe de ativo. Esse não é um simples conselho de boas práticas, é a teoria sendo colocada em prática e funcionando", ele explica.

Proteção

Ter ativos no Tesouro Direto, Debênture, Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), Vida Gerador de Benefício Livre (VGDL) e afins, não só ajuda o investidor a se proteger nesses momentos de turbulência, orienta o professor, mas também é o ideal a se fazer para manter a carteira de investimento saudável e segura em tempos de crise.

Fonte: A Tarde

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