Exportação de proteína suína cresce; de bovina e frango faturam menos

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A receita obtida com exportações de carne suína em setembro cresceu em relação a igual mês do ano passado, assim como o volume embarcado. Por outro lado, as carnes bovina e de frango tiveram retração no faturamento, embora, no caso da proteína vermelha, os embarques, em volume não tenham se retraído. Os dados foram divulgados ontem, 1º, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, e consideram 21 dias úteis do mês de setembro.

Os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada somaram em setembro 142,35 mil toneladas, 2,85% mais que as 138,286 mil toneladas enviadas ao exterior em igual mês de 2019. Na comparação com agosto deste ano, quando a exportação somou 163,22 mil toneladas, o volume teve queda de 14,66%. A receita com as vendas no mês totalizou US$ 583,138 milhões, praticamente estável, com leve redução de 0,09% ante os US$ 583,681 milhões de setembro de 2019, e 10,86% inferior aos US$ 654,23 milhões de agosto. O preço médio da tonelada embarcada foi de US$ 4.096,50, ante US$ 4.220,80 de setembro do ano passado e US$ 4.008,30 em agosto de 2020.

As exportações de carne de frango fresca, refrigerada ou congelada, por sua vez, tiveram retração em setembro deste ano em relação a igual mês do ano passado. O Brasil exportou em setembro 320,165 mil toneladas, 4,57% menos que as 335,5 mil toneladas embarcadas para o exterior em igual mês de 2019. Na comparação com o volume exportado em agosto, a queda é de 6,01%. A receita obtida com o produto foi de US$ 434,258 milhões, 20,42% abaixo dos US$ 545,725 milhões faturados em setembro de 2019 e 4,53% menos que os US$ 454,91 milhões de agosto. O preço médio da tonelada embarcada de carne de frango no mês passado foi de US$ 1.356,40, contra US$ 1.335,30 em agosto e US$ 1.626,00 em setembro do ano anterior.

Por fim, os embarques de carne suína fresca, refrigerada ou congelada totalizaram 76,053 mil toneladas, 35,8% acima das 56 mil toneladas de setembro de 2019, mas 13,28% menores que as 87,70 mil toneladas enviadas ao exterior em agosto deste ano. A receita somou US$ 176,048 milhões, 35,45% a mais que em setembro do ano passado, porém 10,22% abaixo de agosto. O preço médio da tonelada de carne suína exportada no mês passado foi de US$ 2.314,80, ante US$ 2.226,70/t em agosto e US$ 2.320,80 em setembro do ano passado.

Soja

As exportações brasileiras de soja totalizaram 4,472 milhões de toneladas em setembro, queda de 2,8% ante igual período do ano passado (4,603 milhões de toneladas). Ante agosto, quando o Brasil embarcou ao exterior 6,229 milhões de toneladas, o volume foi 28,2% menor.

A receita gerada pelas exportações somou US$ 1,64 bilhão, o que significa alta de 0,6% em relação a setembro de 2019 (US$ 1,63 bilhão), mas queda de 25,8% na comparação com agosto (US$ 2,21 bilhões).

No acumulado de 2020, o volume de soja embarcado chega a 79,578 milhões de toneladas, somando os dados divulgados hoje com os números consolidados do Agrostat até agosto. O total é 30,9% maior do que em igual intervalo de 2019 (60,771 milhões de toneladas, também conforme o Agrostat). Já a receita nos nove primeiros meses deste ano totaliza US$ 27,30 bilhões, 28,5% acima de igual período de 2019 (US$ 21,25 bilhões).

Milho

O Brasil embarcou para o exterior em setembro 6,608 milhões de toneladas de milho, 2,6% acima do volume exportado em setembro do ano passado e 2% também superior ao registrado em agosto, 6,485 milhões de toneladas. Em setembro de 2019, o País exportou 6,442 milhões de toneladas do cereal. O cálculo da Secex considera milho não moído, exceto milho doce.

A receita obtida com as exportações do cereal no último mês, de US$ 1,088 bilhão, cresceu proporcionalmente ao volume em comparação à verificada há um ano, 2,13%. Em setembro do ano passado, o faturamento com as exportações atingiu US$ 1,065 bilhão. O número do mês passado supera em 3,7% o contabilizado em agosto, quando a receita atingiu US$ 1,049 bilhão. No acumulado de janeiro a setembro, a receita com exportações de milho chega a US$ 3,594 bilhões.

O preço médio pago por tonelada do cereal brasileiro no mês passado foi US$ 164,60, 0,4% abaixo dos US$ 165,30 por tonelada de um ano atrás. Em agosto, o preço médio havia sido de US$ 161,80.

O volume diário médio embarcado em setembro, de 314,7 mil toneladas, ficou 2,6% acima das 306,8 mil toneladas enviadas diariamente, em média, ao exterior em setembro de 2019.

Fonte: Estadão

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