Dilma assina construção de plataformas e diz que país evita 'maldição do petróleo'

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A presidente Dilma Rousseff assinou ontem, 16, contratos para a construção de duas novas plataformas de petróleo no Rio Grande do Sul.

Ela afirmou que o Brasil está preparado para não passar pelo fenômeno da "doença holandesa" --que ocorre quando um país tem grande entrada de recursos por causa da exploração de matérias-primas e acaba prejudicado pela valorização de sua moeda.

Dilma disse que a exploração do campo de Libra, que deve ser leiloado no próximo mês, vai gerar a demanda de construção de até mais 17 plataformas, o que, diz, vai consolidar a indústria naval.

"O Brasil chega ao descobrimento de petróleo com estágio avançado de sua indústria e com capacidade de fornecimento, o que permite que afastemos a chamada doença holandesa", disse. Ela falou ainda que o Brasil está evitando "a maldição do petróleo" --quando o país explora o produto sem gerar ganhos de renda para a população.

"Não somos e não podemos ser um país que produz só o óleo bruto e que exporta empregos", afirmou.

A cerimônia ocorreu em Porto Alegre. Originalmente, o evento estava marcado para Rio Grande (litoral sul gaúcho), onde fica o polo naval, mas foi transferido devido ao mau tempo na cidade.

Dilma Roussff e Graça Foster, presidente da Petrobras, durante assinatura do contrato para construção de duas plataformas de petróleo em Rio Grande (RSDilma Rousseff e Graça Foster, presidente da Petrobras, durante assinatura do contrato para construção de duas plataformas de petróleo em Rio Grande (RS)

O ato também marcou a conclusão da plataforma P-55, montada no município gaúcho. A cidade também receberá a construção das duas novas plataformas que tiveram contratos assinados.

No evento, Dilma voltou a defender os investimentos na indústria naval, bandeira do governo desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), e disse que o país superou um "complexo de vira-lata" ao fazer por conta própria a montagem dos equipamentos.

A presidente citou que a conclusão desses trabalhos é mais rápida no Brasil do que no exterior.

Fonte: Folha de São Paulo

 

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