Portos e terminais brasileiros movimentam 231 milhões de toneladas de carga no 2º trimestre

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O desempenho do setor portuário brasileiro no 2º trimestre de 2013 registrou um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2012. O resultado foi alavancado pela movimentação de produtos agropecuários. No 2º trimestre deste ano, ocorreram as safras recordes de soja, milho e cana-de-açúcar.

De acordo com as estatísticas de movimentação portuária, os portos organizados e terminais privados brasileiros movimentaram 231,1 milhões de toneladas brutas no segundo trimestre de 2013, o que representou um acréscimo de 3,6 milhões de toneladas movimentadas em relação a igual período de 2012.

A movimentação de granéis sólidos alcançou a marca de 143,7 milhões de toneladas brutas, representando um crescimento de 1,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em relação aos granéis líquidos, foram movimentados 53,5 milhões de toneladas, valor 0,5% acima do montante da movimentação deste tipo de carga no mesmo período de 2012. No segmento de carga geral (carga geral solta + carga geral conteinerizada), foram movimentados 33,9 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 4,2% em relação ao 2º trimestre de 2012. Já no segmento de carga geral solta, foram movimentados 9,7 milhões de toneladas, representando uma queda de 15,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A movimentação nos portos organizados apresentou um crescimento expressivo de 9,6% quando comparado ao 2º trimestre de 2012, enquanto os terminais privados apresentaram uma redução de 2,6% no mesmo período. Segundo o Boletim de Desempenho Portuário do 2º trimestre, produzido pela ANTAQ, esse descompasso pode ser atribuído à pauta de mercadorias movimentadas pelos dois tipos de instalações portuárias.

"Os portos, por concentrarem grande parte da movimentação de produtos agropecuários, como soja e açúcar, acompanharam o bom desempenho da movimentação desses produtos, enquanto os terminais privados, por terem cerca de 70% de sua pauta de mercadorias concentrados em combustíveis e minério de ferro, padeceram dos reveses dos mercados desses produtos", avalia o gerente de Gestão e Desempenho Portuário da ANTAQ, Fernando Serra.

Em relação ao minério de ferro, principal item de movimentação em volume no conjunto das instalações portuárias brasileiras, houve uma queda em relação ao mesmo trimestre de 2012. Nesse período, houve uma redução de 9,4% das importações de minério de ferro brasileiro pela China, totalizando um decréscimo de 3,6 milhões de toneladas no comparativo dos trimestres.

"A redução do preço internacional dessa commodity industrial é apontada por analistas de mercado como consequência da lenta retomada da economia mundial e, particularmente, da desaceleração da economia chinesa", aponta o Boletim da ANTAQ.

Ainda que se tenha observado um melhor desempenho dos portos organizados em termos da tonelagem movimentada, os terminais privados permanecem como os principais responsáveis pela tonelagem de cargas movimentadas no Brasil. No 2º trimestre de 2013, os terminais privados responderam por 62,7% da movimentação total, contra 37,3% dos portos organizados. A explicação está na forte participação do minério de ferro e de combustíveis, óleos minerais e outros derivados do petróleo na movimentação desses terminais, a despeito da queda registrada na movimentação do trimestre.

Dez portos organizados registraram 90% da movimentação desse tipo de instalação, com destaque para Santos (21,4%), Rio Grande (25,3%) e São Francisco do Sul (18,3%). Já os portos de Vila do Conde e do Rio de Janeiro apresentaram quedas acentuadas (-13,5% e -13,1%, respectivamente) de sua movimentação no comparativo do 2º trimestre de 2013 com o mesmo período de 2012.

Em relação aos contêineres, a movimentação por parte dos portos organizados cresceu 5,7% em termos de TEU (unidade equivalente a 20 pés). Entre os dez principais portos que movimentaram contêineres no período, os portos de Santos (19,7%), Itaguaí (13,0%) e Salvador (11,2%) foram os que apresentaram as maiores taxas de crescimento frente ao mesmo período do ano anterior.

Os terminais privados, por sua vez, movimentaram 144,8 milhões de toneladas brutas no 2º trimestre de 2013, representando uma redução de 2,6% frente a igual período de 2012. Os dez principais terminais concentraram 71,4% das cargas que foram movimentadas nesse tipo de instalação, com destaque para os terminais CVRD Tubarão, Ponta da Madeira, Almirante Barroso, MBR, Almirante Maximiano da Fonseca e Madre de Deus. As principais cargas movimentadas pelos TUPs foram: minério de ferro, combustíveis e óleos minerais, bauxita, soja, carvão mineral e produtos siderúrgicos.

Fonte: Agência Nacional de Transportes Aquaviários

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