Exportações devem continuar em declínio, estima a ANFAVEA
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- 07/10/13
Na contramão da indústria de veículos de passeio e caminhões, que tem recuperado os níveis de exportações no País, o setor de máquinas agrícolas não tem conseguido exportar seus produtos como antes. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a projeção de vendas externas destes produtos para o ano é de uma queda de 17,2%, para 14 mil unidades. "Há cerca de dez anos, exportávamos até para os EUA. Atualmente, nós perdemos a competitividade", afirmou na última sexta-feira o vice-presidente da Anfavea, Milton Rego.
Em setembro, as exportações de máquinas agrícolas somaram 1,6 mil unidades, um aumento expressivo de 44,5% na comparação anual. Porém, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, as vendas externas atingiram 11,5 mil máquinas, um declínio de 5%. "Nos últimos cinco anos, o Brasil só tem registrado queda das exportações. Outras fontes estão substituindo nossos produtos", destaca Rego. Ele explica que, atualmente, os fabricantes brasileiros de máquinas agrícolas vendem seus produtos majoritariamente para países como Argentina, Paraguai e Uruguai. Por outro lado, a demanda no mercado interno tem rendido bons resultados para os fabricantes de máquinas agrícolas. "Provavelmente, a próxima safra não deve ser tão rentável quanto a última, porém, na média das culturas, a rentabilidade ainda será elevada e os produtores irão investir na mecanização", ressalta Rego.
De acordo com a Anfavea, a projeção de comercialização de máquinas agrícolas para o ano é de 83 mil unidades, alta de 18,4% em relação a 2012. "A demanda interna será recorde em 2013", acredita Rego.
A produção também deve ficar em compasso com o bom desempenho das vendas, segundo a entidade, fechando o ano com um aumento de 13,5%, para 95 mil unidades. "A produção de máquinas agrícolas tranquilamente acompanhará os licenciamentos", diz o vice-presidente da Anfavea.
O executivo ponderou que o anúncio de prorrogação das condições especiais do financiamento para bens de capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Finame - para 2014 é certamente uma boa notícia. "O Finame foi uma grande ferramenta para a compra de máquinas agrícolas neste ano", disse.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria