SP pode ter primeiro aeroporto privado do país

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Em uma área equivalente a 278 campos de futebol entre as rodovias Carvalho Pinto e Presidente Dutra, na região de Caçapava (a 123 km de São Paulo), máquinas abrem espaço para o que poderá ser o primeiro aeroporto comercial privado do país.

Bancado por Rogério Penido, dono de uma construtora e pavimentadora que leva o seu sobrenome, em São José dos Campos (SP), o planejamento para o aeroporto começou há dez anos e foi visto como audacioso por outros empresários da região.

Só para obter as licenças que permitiram o início das obras foram gastos sete anos, e foi necessária a criação de um plano diretor que limita a ocupação do solo no entorno.

O projeto, batizado de Aerovale, está orçado em mais de R$ 250 milhões bancados por Penido do próprio bolso. Com uma pista de 1.530 metros, 390 metros menor que a pista principal do aeroporto de Congonhas e 227 metros maior que a do Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o aeroporto incluirá um terminal de passageiros para aviação comercial e executiva, heliportos e um conjunto de hangares.

O objetivo é receber voos regionais regulares de empresas aéreas comerciais, mas principalmente da aviação geral, que engloba aeronaves privadas e de táxi aéreo.

"Já temos inclusive conversas com algumas empresas aéreas", diz Penido.

A previsão é que tudo seja entregue para operação em maio de 2014, antes do início da Copa do Mundo.

O pedido de outorga para explorar o espaço e receber voos comerciais está em análise pela Secretária de Aviação Civil da Presidência.

O órgão afirmou que o projeto "está em consonância com as diretrizes e estratégias de política pública para o setor de aviação civil" e que "contribui para a expansão e universalização da rede aeroportuária nacional".

A expectativa de Penido é que até dezembro o empreendimento receba a autorização para explorar o serviço.

Outras quatro empresas também solicitaram a outorga para operarem aeroportos comerciais privados no país, mas ressaltaram que seus projetos estão em fases de estudos ou licenciamento e não possuem previsão para o início das operações no curto prazo.

O Aerovale pretende atrair interessados em lotes aeronáuticos para a instalação de hangares privados. Atualmente, a maioria dos hangares existentes no país é de propriedade da Infraero e operada por concessões.

Até o começo de 2014, o Aerovale pode gerar 2.000 vagas e, segundo Penido, tem potencial para criar outros 30 mil postos diretos e indiretos quando todo o complexo estiver em funcionamento.

Fonte: Folha de São Paulo

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