Estreante, fonte solar não atrai interesse em leilão de energia

Imprimir

Ofertada pela primeira vez em um leilão de energia no Brasil, a fonte solar não atraiu interessados na disputa desta segunda-feira (18) promovida pelo governo. Os projetos eólicos foram os únicos vencedores no leilão, que tem previsão de entrega a partir de 2016.

Agentes do setor já diziam acreditar que a fonte solar não conseguiria ser competitiva desta vez.

"Nessa estreia de solar nos leilões, quem levou foi o vento... Mas todas as perspectivas são que o preço da solar continuará a cair. Não tenho dúvida que é uma questão de tempo para a solar entrar na nossa matriz", disse o presidente da EPE (Empresa Energética), Maurício Tolmasquim sem fazer fazer previsões. A fonte eólica foi a única a vender energia na competição, elevando o número de novos projetos eólicos contratados em leilões públicos em 2013 para cerca de 2,4 gigawatts (GW) de capacidade a ser instalada.

No leilão desta segunda-feira a energia eólica vendeu energia de 867,6 megawatts (MW) de capacidade instalada de 39 projetos, somando-se à construção de outros 1.505 megawatts (MW) de energia em leilão realizado em agosto.

"Como a gente já tem mais um leilão neste ano, tem tudo para que a gente quebre o recorde de contratação de eólica", disse Tolmasquim. Segundo ele, a maior contratação de novos projetos de energia eólica em um único ano ocorreu em 2011, quando foram viabilizados cerca de 2,9 GW.

Diante da forte contratação de energia eólica no ano de 2013, a indústria de equipamentos deve funcionar com capacidade total, segundo Tolmasquim. Ele acrescentou que algumas indústrias avaliam ainda a possibilidade de um terceiro turno para dar conta da demanda.

O leilão realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) durou menos de 30 minutos. Estavam habilitadas usinas solares, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e térmicas a biomassa.

As usinas eólicas que venderam energia no leilão devem demandar investimentos de R$ 3,4 bilhões, segundo estimativas do governo.

DESCONTO

O preço-médio de venda da energia foi de R$ 124,43 por megawatt-hora, um deságio (desconto) de 1,25% sobre o preço máximo estabelecido na disputa, de R$ 126 por MWh.

O preço mais baixo de energia vendido no leilão foi de R$ 118 por MWh, de um parque na Bahia. Já o mais alto, foi de R$ 126 por MWh, referente a três projetos no Rio Grande do Sul.

Apesar do pequeno deságio, Tolmasquim disse que o preço-teto definido estava correto, já que toda a demanda declarada para o leilão foi atendida.

As usinas eólicas vencedoras no leilão estão localizadas no Ceará, Pernambuco, Piauí, Bahia e Rio Grande do Sul. Os parques contratados têm 380,2 MW médios de garantia física.

O leilão movimentou R$ 7,25 bilhões em contratos de energia, comprada por 28 distribuidoras. A Copel foi a empresa que contratou mais energia, ou 10,51% do total de 58.293.900 megawatts-hora (MWh) contratados no total. A goiana Celg realizou a segunda maior contratação, de 9,63% do total.

O leilão tinha 10.460 megawatts (MW) de projetos cadastrados, dos quais 9.191 MW eram de eólicas, 813 MW de solares, 190 MW de pequenas centrais hidrelétricas e 266 MW de térmicas a biomassa. Mas só as eólicas venderam energia.

Fonte: Folha de São Paulo

Imprimir

Endereço em transição - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil       celula

Telefone temporário: +55 31 994435552

Horário de Atendimento - Home Office

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

Todos os direitos reservados © 2010 - 2016