Toyota quer produzir carro híbrido no Brasi

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Agora está perto, prevê a Anfavea (associação das montadoras de automóveis), a aprovação por parte do governo federal de um programa de incentivo tributário aos carros elétricos e híbridos no Brasil.

Segundo Antonio Calcagnotto, vice-presidente da entidade, o anúncio deverá ser feito entre o fim deste ano e o início do próximo. As regras devem contemplar o pedido documentado pelo setor e entregue ao ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) em julho.

A previsão de aprovação anima algumas montadoras, como a Toyota, que já comercializa o híbrido médio Prius no mercado nacional.

"Acreditamos que, com esse empurrão fiscal, o modelo irá ganhar escala de venda, o que nos possibilitará produzi-lo no país", diz Ricardo Bastos, gerente de relações públicas e governamentais da montadora. O Prius tem dois motores (um 1.8 a gasolina e um elétrico) para poupar combustível e poluir menos. Com os incentivos, o hatch poderia ter seu preço reduzido dos atuais R$ 120.830 para algo próximo dos R$ 90 mil, estima a marca.

Antes de o carro virar nacional, a ideia da Toyota é lançar uma versão inédita flex do automóvel. O Brasil servirá de laboratório global para o desenvolvimento dessa tecnologia, que depois seria exportada para outros mercados, como o norte-americano, que também utiliza o etanol como combustível.

Para a produção, será necessário volume mínimo de 10 mil unidades por ano. Hoje, o Prius emplaca cerca de um carro por dia no Brasil.

O modelo de produção do híbrido seria próximo ao dos BMW, Mercedes e Audi a combustão que serão feitos no Brasil: os componentes mais sofisticados virão inicialmente do exterior.

A Toyota informa ainda que os incentivos a fariam ampliar a sua gama de veículos 'verdes'. O compacto Aqua, que usa um motor 1.5 acoplado a um elétrico, poderia chegar já em meados de 2014, na faixa dos R$ 70 mil. Esse modelo e o Prius são os dois mais vendidos do Japão.

No Brasil, os híbridos e os puramente elétricos emplacaram 383 unidades no acumulado do ano (janeiro a outubro), incluindo também a venda do hatch Lexus CT 200h (R$ 149 mil) e do sedã Ford Fusion Hybrid (R$ 124.990).

A Anfavea propôs ao governo a criação de cotas de importação para veículos híbridos e elétricos, que teriam o seu IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) zerados. Hoje, essa alíquota está em 25%.

A ideia da entidade é que essas cotas se estendessem até 2017, a contar a partir da sua aprovação pelo governo. Cada montadora habilitada no Inovar Auto, regime de desenvolvimento do setor, poderia trazer, no primeiro ano, 450 veículos sem incidência de IPI.

Em 2017, essa cota progressiva chegaria a 2.400 carros por montadora. Em um segundo momento, entre 2017 e 2020, , continuariam com o IPI zerado as empresas que começassem a nacionalizar a fabricação dos carros híbridos.

Segundo estudos da Anfavea, a desoneração de 25% do IPI representaria redução de 59% no preço final do automóvel, devido à política de tributação em cascata.

O objetivo do regime de isenção de IPI é identificar o mercado para esses carros no Brasil.

Em breve, a entidade promete apresentar também uma proposta de novas tecnologias de propulsão para veículos comerciais pesados e ônibus.

Fonte: Folha de São Paulo

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