Explosão compromete produção em refinaria da Petrobras no Paraná

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Uma explosão ocorrida na noite de ontem (28) na refinaria da Petrobras em Araucária (região metropolitana de Curitiba) paralisou uma de suas principais unidades e comprometeu a produção no local.

De acordo com o Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina), a explosão ocorreu na unidade de destilação da Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), o primeiro setor pelo qual passa o petróleo a ser refinado.

Por causa disso, outras unidades tiveram de interromper suas atividades ou operam apenas com o estoque. A estimativa do sindicato é que cerca de 40% da produção na Repar esteja paralisada neste momento.

"O caminho é a parada total dentro de alguns dias", diz o diretor do Sindipetro Anselmo Ruoso Jr. Para ele, há a possibilidade de desabastecimento do mercado de gás de cozinha e outros derivados caso a situação não seja controlada ou revertida. Procurada, a Petrobras negou a possibilidade de desabastecimento e disse que apenas a unidade atingida pelo fogo está paralisada. "A Unidade de Destilação (U-2100) encontra-se paralisada para avaliação técnica e o abastecimento ao mercado não será afetado", informou, em nota.

A companhia diz que o "princípio de incêndio" foi controlado rapidamente. Não houve feridos nem danos ambientais, segundo a nota.

A explosão foi provocada, segundo o Sindipetro, pelo rompimento de uma tubulação na unidade U-2100, de destilação de petróleo. Era uma das maiores unidades da refinaria.

O fogo começou às 22h30 de ontem e foi controlado cerca de 1h30 depois. Não houve feridos.

De acordo com o sindicato, o local foi bastante comprometido: houve danos estruturais e o calor do fogo chegou a entortar vigas de sustentação de equipamentos e dutos.

Parte do petróleo vazou para a unidade de tratamento de descartes industriais da refinaria. Uma equipe da defesa ambiental da Petrobras está a caminho da Repar para preparar contenções e evitar contaminação. Na avaliação do Sindipetro, porém, não há riscos ao meio ambiente, por ora.

O sindicato reclama da falta de efetivo e de segurança na Repar, que foi recentemente ampliada, num dos maiores investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), de cerca de R$ 10 bilhões.

Na unidade em que ocorreu a explosão, por exemplo, trabalham seis funcionários por turno. O ideal, segundo o Sindipetro, seriam dez.

Para os sindicalistas, existe um "deficit" de cerca de 400 funcionários na refinaria, para garantir as condições adequadas de segurança. Hoje, a Repar emprega cerca de mil pessoas.

Fonte: Folha de São Paulo

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