Centro-Oeste cresce com aportes em logística

Imprimir

"A Região Centro-Oeste segue como aposta para os empresários da construção, principalmente entre os galpões logísticos, em função do incremento de rodovias e ferrovias no País previsto para os próximos anos", afirmou José Siqueira, professor de engenharia civil e políticas públicas da Universidade Federal de Goiás.

Em Goiás as perspectivas são boas. A tendência de o agronegócio ganhar cada vez mais destaque no Produto Interno Bruto (PIB) Brasileiro, deverá incrementar a armazenagem dos grãos. "Trabalhamos com condomínios logísticos há 25 anos nos estados do Mato Grosso e Goiás, e ano que vem entraremos no ramo de construção de armazéns para armazenagem de grãos. O empreendimento, que ficará em Goiânia, está perto de duas rodovias e terá aportes de R$ 20 milhões", explicou ao DCI, Sérgio Montana, presidente da construtora SM Incorporadora.

Segundo o executivo, a iniciativa não é isolada. "Rodadas de negócios promovidos pelo governo do estado de Goiás têm buscado iniciativas semelhantes, a fim de atrair empresários e fomentar a economia na região", disse. Mato Grosso

O incremento do agronegócio, somado a concessões rodoviárias também formam um mercado com potencial no Mato Grosso. Hoje, em São Paulo, o governo irá repassar à iniciativa privada o trecho da BR-163, que passa pelo estado. Ao menos seis grupos mostraram interesse na concessão. "O empresário da região sente o potencial de chegada de grupos como Odebrecht, Invepar e CCR e com a perspectiva de estradas e rodovias melhores, há mais confiança para construção se silos e armazéns nos próximos anos no Mato Grosso", disse Siqueira.

De olho no potencial de crescimento neste mercado, o Banco do Brasil de Cuiabá começou a assinar este mês a liberação de recursos do governo federal para a construção de armazéns. Segundo o banco, já foram solicitados R$ 215 milhões ao longo de 50 plantas no Estado.

"A iniciativa é positiva, mas ainda há dificuldade para acessar o recurso", disse Gabriela Pereira, gerente de novos negócios da Construtora Paes.

Segundo a executiva, a empresa iniciou o pedido para começar uma operação na cidade de Vera. "O armazém terá capacidade para 40 mil toneladas. Já temos contratos com empresas de agronegócio para usar o espaço, mas ainda precisamos do crédito do governo para iniciar a obra efetivamente", disse ela, lembrando que o pedido foi de aporte de R$ 15 milhões com tempo de obra previsto de oito meses.

De acordo com a Aprosoja, a produção no estado disparou na última década. A perspectiva é que a oferta de grãos passe de 45 milhões de toneladas, enquanto a capacidade de armazenagem no estado é de apenas 28 milhões. "O déficit é muito grande. Há necessidade de ações mais efetivas para acelerar a construção, visto que há oferta", disse Siqueira.

Em nota oficial, a Aprosoja comemorou o inicio da liberação de crédito do Banco do Brasil, e afirmou que o tempo para conseguir a liberação do crédito faz parte da burocracia brasileira.

"A entidade lembra que são regras do sistema bancário e é preciso entender que a cobrança dentro dos biomas amazônia e pantanal é ainda mais rigorosa", apontou a entidade, em comunicado oficial.

Mato Grosso do Sul

Segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) o número de empresas de construção no Mato Grosso do Sul cresceu quase 130% nos últimos dez anos. Em 2011, última sondagem do instituto, eram 629 empresas no estado, com perspectiva de incremento de 10% ao ano até 2013.

"É um ritmo bom de crescimento, que acompanha a receita bruta total das empresas locais que somaram R$ 2,1 bilhões em 2011", disse Siqueira.

Com a perspectiva de incremento, empresas nascidas no Mato Grosso do Sul apostam também na expansão geográfica. É o caso da Terra Construtora. Localizada em Campo Grande, capital do estado, a empresa projeta expandir também para Minas Gerais e Distrito Federal. "Somos especializados em empreendimentos comerciais. Este é um mercado que vem sendo aquecido em toda região central do País em função de desonerações dos governos estaduais para atrair empresas e gerar empregos", disse Carlos Santana, diretor geral da empresa de construção.

Com faturamento estimado de R$ 110 milhões este ano - 15% a mais que em 2012 - o empresário projeta novos lançamentos no próximo ano. "Estamos com um banco de terrenos que vale quase R$ 700 milhões. Estamos projetando ao menos seis novos lançamentos para 2014", disse.

Fonte: DCI

Imprimir

Endereço em transição - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil       celula

Telefone temporário: +55 31 994435552

Horário de Atendimento - Home Office

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

Todos os direitos reservados © 2010 - 2016