Paranaguá cria fila expressa de navios com maior agilidade para grãos

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Navios que chegarem ao corredor de exportação de Paranaguá, principal área de embarques de grãos do porto no litoral paranaense, vão ter novos critérios para atracação, numa medida que tenta reduzir as enormes filas de embarcações registradas no pico do escoamento da última safra brasileira.

Os operadores de grãos que tenham um histórico de maior agilidade no embarque dos produtos --principalmente soja e milho-- terão preferência para seus navios em um dos três berços do corredor, informou nesta segunda-feira a autoridade portuária.

As medidas passam a valer a partir de 2 de janeiro. "Esta medida que estamos adotando irá mudar o cenário de embarque de grãos em Paranaguá. Quem for mais organizado merece receber as melhores condições de operar", disse o superintendente dos portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, em nota.

A nova regra inclui a preferência na atracação para navios que forem embarcar cargas de até três terminais diferentes, com um mínimo de embarque de 18 mil toneladas de cada um deles.

O porto de Paranaguá, que junto com Santos é líder nas exportações de grãos no país, opera em um modelo híbrido entre estruturas públicas e privadas. Os silos e armazéns das empresas são ligados por meio de um complexo sistema de correias aos shiploaders no cais público compartilhado.

As paradas operacionais para o rearranjo das correias, na hora da troca da conexões dos diferentes terminais ao cais, costumam atrasar a operação.

De janeiro a novembro, este tipo de interrupção técnica somou 22 dias de inatividade em Paranaguá.

A medida adotada pela autoridade portuária mexe também na formatação da programação dos navios. A partir de agora, a autoridade precisa estar informada da carga total a ser embarcada e de qual terminal ela virá.

"Atualmente, muitos navios que entram na fila do corredor de exportação não possuem carga consolidada", disse a administração do porto.

Nesses casos, a fila é comparada por alguns especialistas a uma fila de táxis que aguarda por passageiros na porta de uma festa. O fato de os veículos estarem parados no local não significa, necessariamente, que existam atrasos em todas as saídas.

O line-up de Paranaguá chegou a registrar, no primeiro semestre de 2013, alguns navios que aguardavam entre dois ou três meses para carregar.

"Nos períodos de pico de safra, do total de navios aguardando, cerca de 70 por cento não possuíam sequer carga plena, formando uma fila irreal. A partir de 2014, navios nestas condições não entrarão mais na programação e serão considerados como navios ao largo não programados", disse a autoridade portuária.


Fonte: Reuters

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