Brasileiros e argentinos são os que pior avaliam o mercado para 2014 na América Latina
- Detalhes
- 21/01/14
Estudo do Page Group com 614 executivos na América Latina, dos quais 191 são brasileiros, traça o cenário das perspectivas para esses profissionais em relação a 2014. Entre os pontos avaliados, o estudo avaliou as impresões em relação a indicadores como a taxa básica de juros, as taxas de inflação, a cotação do dólar, o índice de desemprego e o Produto Interno Bruto.
O levantamento foi realizado durante os meses de novembro e dezembro de 2013. De acordo com Patrick Hollard, Diretor do PageGroup na América Latina, os executivos latino-americanos avaliam com cautela o ano que está por vir. "Os resultados do ano de 2013 não mostraram o crescimento previsto, gerando frustração em muitas esferas da economia. Com isso, a projeção dos critérios para 2014 acabou se tornando um reflexo desta situação", explica.
O Page Group ainda investigou como deverá ser o cenário do emprego e dos investimentos nesses países, na visão desses executivos. Indicadores
PIB
Os argentinos são os mais pessimistas. Para 42% dos executivos do país vizinho, o PIB do país deve diminuir, enquanto que para 15% deve aumentar. Para o restante, deve permanecer igual. Já os brasileiros, se mostram cautelosos. Para 56% dos executivos o PIB deverá se manter estável em 2014. Mexicanos colombianos e chilenos são os mais otimistas. Para 50%, 45% e 42% dos executivos desses países, respectivamente, o PIB deverá crescer satisfatoriamente ao longo do ano.
Índice de Desemprego
A crise na Argentina também influencia a visão dos executivos em relação ao desemprego. Para 62% dos profissionais ele deve aumentar. Para 41% dos chilenos e 36% dos mexicanos o desemprego também deve aumentar neste ano. Brasileiros e colombianos compartilham de uma visão otimista. Apenas 23% dos executivos brasileiros acreditam em aumento do desemprego enquanto que na Colômbia apenas 14%.
Inflação
Uma alta severa da inflação assusta os executivos argentinos e brasileiros. Para 50% dos executivos argentinos os preços devem aumentar ainda mais no país em 2014. Entre os brasileiros que acreditam em alta da inflação neste ano concentram-se 40% dos executivos avaliados pelo estudo. Chilenos (64%), mexicanos (50%) e colombianos (50%) apostam na estabilidade.
Taxa Básica de Juros
Para 60% dos executivos brasileiros ela deve aumentar e manter o país entre as mais altas taxas do mundo. Entre os argentinos, 38% apostam em um aumento. No México apenas 24% espera um aumento nos juros, enquanto 52% dos executivos do país acreditam que ela deva se manter estável. No Chile, a estabilidade é apontada como certa em 2014 por 61% dos executivos. Apenas 7% acreditam em aumento. Enquanto na Colômbia 55% acham que os juros devem se manter no mesmo patamar e apenas 18% acredita em aumento em relação a 2013.
Cotação do Dólar
A moeda americana deve aumentar seu valor na visão geral dos executivos que participaram do estudo do Page Group. Se para 92% dos argentinos o valor do dólar deve aumentar, 50% dos colombianos também apostam em um aumento, enquanto que no Brasil essa posição é compartilhada por 44% dos pr5ofissionais e 34% no Chile.
Movimentação Profissional
46% dos executivos que participaram do estudo afirmam que devem manter-se no mesmo emprego e cargo atuais ao longo de 2014. Isso reflete igualmente o conservadorismo e a cautela do mercado, frente a um 2013 difícil, diz Patrick. Os chilenos são os que mais pretendem se manter na mesma empresa ocupando a mesma posição em 2014, (51%). Também são os que mais desejam buscar oportunidades no mesmo setor (38%).
Por outro lado, os brasileiros, em comparação com os outros países da América Latina, são os que aparecem em maior proporção buscando movimentar-se internamente (24%). Ne mesma linha e na busca por oportunidades em um outro setor e por aperfeiçoamento acadêmico, os argentinos se destacam (42% e 29%, respectivamente).
A pesquisa mostrou, ainda, que 52% dos executivos pesquisados afirmam que não está nos planos da empresa aumentar o quadro de funcionários em 2014. Na Argentina, apenas 27% pretendem contratar em 2014, enquanto que os brasileiros e colombianos são os que mais pretendem contratar dentro dos países avaliados, (55%).
Investimentos
73% afirmam que o investimento em 2014 será maior ou igual ao aplicado em 2013
Os colombianos são os mais otimistas. 59% acreditam que os investimentos devem aumentar em 2014. Em seguida aparecem os mexicanos. 51% acreditam que haverá incremento nos investimentos em 2014 – em relação a 2013.
No Brasil, 45% apostam no aumento dos investimentos em 2014. Nas projeções para 2013, publicadas no mesmo estudo no ano passado, 56% apostavam em um aumento de investimento para o próximo ano.
Fonte: Assessoria de Imprensa Page Group