Produção brasileira de petróleo vai triplicar em 2035, diz Graça Foster

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Em 2035, o Brasil vai triplicar a produção de petróleo, afirmou nesta quarta-feira a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, durante um dos primeiros debates do Fórum Econômico Mundial. Segundo Graça Foster, que participou de encontro sobre energia em Davos, a petroleira e seus parceiros internacionais produzirão 6 milhões de barris por dia dentro desse prazo - atualmente, o volume é de cerca de 1,9 milhão de barris por dia.

A executiva comentou a perspectiva de que Estados Unidos e Brasil se tornem potências energéticas, segundo projeção da Agência Internacional de Energia (AIE). Durante o debate, ela disse que as mudanças na geopolítica do setor energético no mundo são uma "motivação" para o Brasil.

- É impressionante em números. Mas é nossa principal motivação. As mudanças na geopolítica da energia estão acontecendo muito rápido. 95% do nosso investimento está localizado no Brasil. O crescimento da demanda de petroleo é resultado da impressionante transformação social no Brasil, com inclusão social. É o processo irreversível - disse Graça, que destacou que a Petrobras investirá US$ 236 bilhões em energia nos próximos cinco anos. Ela afirmou ainda que etanol não é prioridade para a empresa. Sobre os custos, assegurou:

- Somos competitivos - disse, comparando com os Estados Unidos e com o Canada.

Brasil será 'exportador significativo'

Para o economista-chefe da AIE, Faith Birol, também presente no encontro, um dos primeiros do Fórum, o mundo vai assistir a uma mudança radical de atores no setor energético nos próximos anos, com exportadores tradicionais no Oriente Médio se transformando em grandes consumidores e antigos consumidores se tornando em exportadores,

- Se fosse um teatro, eu diria que o papel dos atores de energia está sendo reescrito, com os Estados Unidos e o Brasil se tornando importantes exportadores - disse Birol.

Nos cálculos da AIE, o Brasil vai se tornar um "exportador significativo" já em 2015. E os Estados Unidos serão os grandes vencedores, ficando totalmente independentes em termos energéticos.

Isso, disse Birol, terá não apenas consequência para a competividade de várias empresas, como vai mexer com a geopolítica da energia.

- Europa e Japão vão ser os grandes perdedores (dessa mudança) se não mudarem suas políticas. A Europa enfrenta um grande problema de investimento em energia. O preço do gás na Europa é 300 vezes maior do que nos Estados Unidos. A Europa esqueceu da competitividade – disse Birol.

Mais de 30 milhões de Europeus são empregados em setores como petroquimicos, que vão perder, alertou o economista da AIE.

Energia alternativa

Ichita Yamamoto, ministro das Ciências e Tecnologia do Japão, disse que seu país está estudando novas políticas energéticas. Mas avisou:

- Vamos reduzir o uso de energia nuclear, mas não vamos acabar com ela – disse.

O desastre nuclear em Fukushima, segundo ele, foi um "trágico alarme" para o Japão.

Fonte: O Globo

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