Ministro diz que país não terá problema de mobilidade urbana durante a Copa
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- 06/02/14
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, disse hoje (6), que não deve haver problema de mobilidade urbana durante a Copa do Mundo, que vai ocorrer em 12 cidades brasileiras a partir de 12 de junho. "Nós já testamos as seis cidades que participaram da Copa das Confederações [no ano passado] e não tivemos problemas específicos de mobilidade", argumentou.
Ribeiro garantiu que todas as obras desse tipo deverão ser entregues até maio, que é o prazo final para que sejam concluídas em todas as cidades-sede do Mundial.
"Fizemos uma checagem em todas cidades-sede para saber se havia alguma interferência dessas obras nos eventos. Naquelas em que havia algum tipo de interferência, nós agilizamos para que sejam entregues o mais rápido possível, e estamos acompanhando de perto para que o prazo seja cumprido e não haja atrasos", explicou. Aguinaldo Ribeiro foi o convidado desta quinta-feira do Programa Bom Dia, Ministro, coordenado e produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços. Segundo ele, na questão de mobilidade urbana o governo leva em conta o legado para a população e não apenas as necessidades da Copa, pois apenas 10% dessas obras têm alguma relação com o evento e 90% não interferem diretamente nele, como as de metrô, veículos leves sobre trilho (VLTs) e BRTs (bus rapid transit, sistema de ônibus rápido), que vão ultrapassar o período da Copa.
Os problemas existentes nos transportes públicos do país, de um modo geral, são consequência da falta de investimentos nessa área durante muito tempo, de acordo com Aguinaldo Ribeiro. "Há cerca de 30 anos, não havia investimentos em transportes públicos. A Copa do Mundo foi apenas um vetor de partida desse processo, mas, na verdade, as obras de mobilidade urbana são executadas para o legado da população. Hoje, nós temos investimento de R$ 143 bilhões, entre contratos em andamento, contratos selecionados e ainda recursos disponibilizados pela Presidência da República, desde junho do ano passado, após as chamadas manifestações".
O ministro falou também sobre os investimentos no setor habitacional com o Programa Minha Casa, Minha Vida, que chegam até hoje a R$ 200 bilhões e já entregou 1,5 milhão de moradias, com previsão de chegar a 2,7 milhões de moradias até o fim deste ano, além de alavancar a geração de empregos: "A cada milhão de reais investidos no Minha Casa, Minha Vida, nós geramos 32 empregos, o que significa 1,3 milhão de empregos ou 5 milhões de famílias, que de forma direta, têm o impacto desse programa", explicou.
De acordo com Ribeiro, os investimentos em moradia tiveram participação de 0,8 % no PIB no ano passado e um impacto positivo na venda de materiais de construção de R$ 12 bilhões em 2013. "Com esse programa, nós temos a maior contratação da história do país desde o governo Geisel, com 4,6 milhões de contratações no Sistema Financeiro de Habitação. Esse programa alavancou o setor em matéria de geração de empregos e renda", informou.
Na área de saneamento, o ministro disse que os investimentos, há alguns anos, eram "incipientes para um país continental como o Brasil", mas, no ano passado, um decreto presidencial instituiu o Plano Nacional de Saneamento Básico, dando cumprimento à Lei de Saneamento Básico de 2007, e que tem a finalidade de levar água de qualidade e tratamento de esgotos à população em todo o país.
Segundo o ministro, o país tinha, em 2006, em obras de saneamento, recursos que chegavam a cerca de R$ 700 milhões para água e esgoto, investimentos que alcançaram, seis anos depois, em 2012, R$ 10,5 bilhões. "Não tenho dúvidas de que, em 20 anos, como determina o Plano Nacional de Saneamento Básico, nós teremos a universalização desses serviços no país, com investimentos de R$ 508 bilhões e a adoção de novas tecnologias".
No Ministério das Cidades, os recursos para saneamento chegam a R$ 70 bilhões este ano e alcançam um total de R$ 84 bilhões com outros programas do governo federal, além dos investimentos em parceria com o setor privado por meio das chamadas parcerias público-privadas (PPPs) e concessões que foram feitas no setor, informou.
Fonte: Agência Brasil