Hotelaria investe R$ 7 bi até 2015 em ampliação, mas teme super oferta

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O Brasil vai chegar ao ano das Olimpíadas, em 2016, com um parque hoteleiro de 535 mil apartamentos e 10,1 mil empreendimentos, o que representa 400 hotéis e 60 mil quartos a mais que o retrato atual dessa indústria, apontou hoje o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), durante apresentação da 5ª edição do estudo Placar da Hotelaria 2015.

Somente nas 25 redes associadas ao Fohb - que representam 18% dos apartamentos disponíveis em todo o setor no Brasil - os investimentos vão alcançar R$ 7 bilhões até o fim de 2015, com maior ampliação da oferta nas cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol Fifa.

Essas 12 regiões metropolitanas terão 63 mil unidades habitacionais e 331 hotéis associados ao Fohb nas 12 capitais que servirão de palco para o Mundial. "Nossas redes hoteleiras estão prontas para receber os turistas brasileiros e estrangeiros na Copa das Copas da hotelaria. Os investimentos realizados visam o longo prazo", disse Rotter. O executivo admite que há risco de excesso de oferta em algumas cidades após a Copa. Segundo o presidente do Fohb, a Copa, este ano, e as Olimpíadas, em 2016, alavancaram a oferta de apartamentos na rede hoteleira nacional. Uma projeção com base nos números dos últimos anos e nos empreendimentos em construção ou ampliação aponta crescimento de 21% na quantidade de unidades habitacionais entre 2009 e 2016.

O levantamento do Fohb mostra a evolução do setor ao longo dos últimos anos, reflexo da escolha do Brasil como país-sede da Copa, em 2007. Para atender a demanda desses grandes eventos, a quantidade de apartamentos foi ampliada a partir de 2009 e aumentou de 440,8 mil para quase 500 mil este ano, um crescimento de 13%.

"A hotelaria está consciente de como atuar em períodos de alta demanda, preparar as redes para receber os hóspedes e investir em infraestrutura, capacitação e novas contratações para o período", disse Rotter.

O Placar da Hotelaria 2015, estudo sobre a evolução dos mercados do segmento, é produzido desde agosto de 2010 pelo Fohb e pela HotelInvest com apoio do Senac.

Salvador, Manaus e Belo Horizonte são as capitais que apresentam as projeções mais pessimistas para taxas de ocupação em 2015. No segmento de tarifas médias (midscale), a taxa de ocupação prevista é de 40% para a capital mineira, de 49% em Manaus e de 54% em Salvador.

Executivos do setor apontam que o desempenho operacional dos hotéis nessas praças em 2013 já sinaliza esse cenário desafiador. Enquanto na média a receita por quarto disponível (RevPar) aumentou 5,3%, a hotelaria em Belo Horizonte faturou 2,5% a mais, Salvador teve melhora de 0,9%, enquanto Manaus registrou retração de 6,7% nesse indicador.

Fonte: Valor Econômico

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