Brasil tem 3º pior clima econômico da América Latina, aponta FGV
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- 13/02/14
Entre as 11 economias avaliadas pelo Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo, o Brasil aparece apenas na frente de Argentina e Venezuela. Nos últimos 12 meses, todos os demais mercados conquistaram melhor posição no ranking.
O ICE médio do País é de 93 pontos. Argentina e Venezuela, de instabilidade política e econômica bem superior à do Brasil, têm 73 e 22 pontos, respectivamente.
Quando considerada a média dos últimos dez anos, contudo, o Brasil é o quarto mais bem colocado, com 121 pontos, atrás de Uruguai, Peru e Chile. O estudo ainda acrescenta uma nota sobre os potenciais impactos da crise na Argentina sobre o Mercosul. "No Brasil, a crise da Argentina pode afetar o setor automobilístico, mas as exportações totais do Brasil para esse país não chegam a 1% do PIB".
O Brasil ainda aparece como um dos países onde a mudança no rumo da política dos Estados Unidos causa preocupação, destaca a FGV.
"De forma geral, os impactos esperados são pequenos, e a região que espera ser mais afetada é a América Latina", ressalta o estudo, reforçando a situação mais vulnerável do Brasil, do ponto de vista dos entrevistados.
Num todo, o ICE da América Latina avançou 8,0% no trimestre encerrado em janeiro, para 95 pontos. Em outubro, o índice trimestral havia registrado 88 pontos. De acordo com os componentes do indicador, houve melhora tanto na percepção do cenário atual quanto no futuro.
A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países.
A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região. Em janeiro de 2014, foram consultados 141 especialistas em 18 países. A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.
Fonte: O Estadão