Economia Hoje às 11h14 - Atualizada hoje às 11h53 Alta no preço do café causa nova preocupação acerca da produção brasileira

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O preço do café apresentou alta ontem (7/4) no mercado externo, renovando as preocupações sobre a produção no Brasil, maior produtor e exportador do produto no mundo. O jornal Wall Street publica hoje (8), na sua editoria de economia, que as previsões de clima mais seco no cinturão do café no Brasil e as estimativas de produção mais baixas do Conselho Nacional do Café do país têm impulsionado os preços para quase 11% desde quinta (3), representando o maior de dois saltos percentuais desde meados de fevereiro.

O café arábica para entrega em maio, segundo a ICE Futures EUA, acabou de 4,5% em 1,9335 dólares por libra-feira, o maior fechamento desde 14 de março. O mercado desse tipo de café, que é valorizado por seu sabor suave e normalmente usado em misturas gourmet, tem concentrado no Brasil, desde o início das secas neste ano. "O Brasil produz mais da metade dos grãos arábica do mundo, e um declínio na produção poderia encolher suprimentos globais. Os preços são até quase 75% desde o início deste ano", destaca a matéria do Wall Street. Segundo a publicação, o impulso para o mais recente salto foi um relatório do Conselho Nacional do Café (CNC), um grupo da indústria brasileira, que reduziu suas estimativas para as safras de 2014 e 2015. "As pessoas estão prestando mais atenção a esses relatórios", disse Rodrigo Costa, diretor de café da corretora Newedge em Nova York. O texto destaca que o CNC reduziu as sua estimativa para a safra de 2014, que está prevista para começar em maio, a partir de 44 milhões de sacas de 60 quilos de café para entre 40,1 milhões e 43,3 milhões de sacas. A justificativa do órgão foi a "situação climática inesperada deste ano".

O texto esclarece que os dois últimos meses foram os mais secos no Brasil em 30 anos, de acordo com a Somar Meteorologia, um serviço meteorológico privado com sede em São Paulo. A falta de umidade pode retardar o processo de maturação dos grãos de café. Em seguida, apresenta os números do CNC, que reduziu as suas expectativas para a safra de 2015, para entre 38,7 milhões e 43,6 milhões de sacas de café, em comparação com uma estimativa anterior de 43 a 44 milhões de sacas.

Para o Wall Street, o estrategista sênior de mercado da corretora RJO Futures em Chicago Hector Galvan, disse que os resultados como foram vistos estão empurrando a maioria dos comerciantes para tomar um caminho seguro e em posições longas, mediante as apostas de que os preços vão subir.

O tempo seco é esperado para retornar às áreas de cultivo de café do Brasil após chuvas esporádicas, em março. Com o futuro do café previsto parra subir, torrefadores e analistas disseram que os preços mais altos do café expresso em bares e supermercado podem não estar muito longe.

Fonte: Jornal do Brasil

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