Portal único reduzirá burocracia no comércio exterior, avalia CNI

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O Portal Único de Comércio Exterior é um passo importante para a redução da burocracia e o aumento da competitividade dos exportadores brasileiros. A avaliação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, durante o lançamento do mecanismo de simplificação do comércio exterior, nesta quarta-feira (23), em Brasília. "A CNI acompanhará com atenção essa iniciativa e colaborará, em tudo o que for possível, para seu sucesso. Estou certo de que essa ferramenta ajudará, e muito, as empresas brasileiras", afirmou Andrade.

A CNI acredita que o Brasil deve ter um compromisso urgente e inadiável com reformas estruturais, mas também precisa de medidas pontuais para melhorar o ambiente de negócios. Para os industriais, toda ação que permita a ampliação e a facilitação do comércio exterior deve ser estimulada, pois facilitar a entrada e saída de mercadorias contribui para dinamizar e internacionalizar as empresas brasileiras, com efeitos diretos sobre a produção industrial e o emprego no país. BUROCRACIA - "Todos nós, empresários, sabemos que enfrentar as demandas do mercado externo exige adaptações, aperfeiçoamentos na produção, inovações e ganhos de escala", destacou Andrade. A pesquisa Entraves às Exportações Brasileiras, feita pela CNI mostra que 44,4% dos 640 exportadores consultados consideram a burocracia alfandegária o principal obstáculo para a exportação. Na lista de fatores que atrapalham o comércio exterior, a burocracia só ficou atrás do câmbio. No entanto, na época da coleta de dados, o dólar valia R$ 2,10.

Essas dificuldades afetam não apenas a indústria, mas todos os setores da economia e a sociedade. O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, lembrou que as pressões do mercado mundial atingem diretamente os produtos manufaturados, com impactos em toda a longa cadeia produtiva de fornecedores de insumos e serviços. "Se nossos produtos industriais não conseguem concorrer em igualdade de condições, a economia brasileira sofre.

Criamos menos empregos, geramos menos renda e pagamos menos impostos", disse Abijaodi, durante a cerimônia de lançamento do Portal Único. "A CNI tem trabalhado, com outros representantes da iniciativa privada e com o setor público, na construção de uma agenda positiva. E o Portal Único faz parte dessa agenda", completou.

Fonte: Confederação Nacional da Indústria

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