Operação da Receita Federal apreende mais de 700 mil produtos falsificados

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A Operação Gol 14, desencadeada pela Receita Federal, apreendeu nos portos brasileiros 718.374 itens e 2 toneladas de tecidos contrabandeados, com valores que podem chegar a dezenas de milhões de reais. O objetivo da operação é intensificar a luta contra a falsificação de produtos esportivos, durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014, que acontece nos meses de junho e julho no país.

Segundo informações da Receita Federal, a operação foi um esforço conjunto do governo brasileiro, da União Europeia, da Organização Mundial das Alfândegas e da Federação das Indústrias de Bens Esportivos Europeia para sinalizar aos falsificadores que os grandes eventos esportivos "não são mais um mercado para falsificações". Além disso, a Receita espera quantificar o nível de fraude durante esses eventos e identificar novas técnicas de falsificação para intensificar o combate ao crime.

Receita Federal

Em todo o Brasil, foram fiscalizados 224 contêineres, tendo sido identificados 24 contêineres com mercadorias falsificadas. A operação contou também com a participação de outros seis países da América Latina: Uruguai, Argentina, Peru, Chile e Paraguai e Panamá. Sob a coordenação internacional do Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros da Receita Federal no Brasil, a operação foi realizada entre os dias 19 de março e 17 de abril e contou com a participação das unidades da Receita Federal das alfândegas de nove portos do país: Rio e Itaguaí, no Rio de Janeiro; Itajaí, em Santa Catarina; Manaus, no Amazonas; Paranaguá, no Paraná; Rio Grande, no Rio Grande do Sul; Suape, em Pernambuco; e Vitória, no Espírito Santo.

O auditor fiscal da Receita Federal Gustavo Lacerda Coutinho, em entrevista, informou que os fiscais da Receita Federal dos países envolvidos na operação passaram por um workshop em São Paulo, que contou com a participação de representantes das principais marcas pirateadas e que serviu de treinamento para a operação. Segundo ele, o conhecimento adquirido será utilizados em operações futuras que vão se prolongar para além da Copa do Mundo.

"O objetivo inicial do workshop foi o de dar maior ênfase ao combate à pirataria durante o período que antecede a realização da Copa do Mundo no Brasil, mas é claro que o aprendizado será contínuo e se estenderá para além do período de realização da Copa de 2014, em junho. A partir da expertise adquirida, nós ganharemos em experiência para operações futuras, que serão contínuas", disse.

Entre as principais marcas esportivas estampadas em produtos contrabandeados estavam a Adidas, Nike e Fifa. No entanto, foram apreendidos também produtos de marcas não esportivas, como a Disney, Gucci, Chanel, Calvin Klein, Tommy Hilfiger, Havaianas, Louis Vuiton e Lego.

O auditor Coutinho disse que a Receita Federal ainda não contabilizou todas as mercadorias apreendidas e que há "algumas cargas selecionadas que ainda estão sendo analisadas e os resultados serão posteriormente apresentados".

Fonte: Agência Brasil

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