Guido Mantega afirma que estímulo a às montadoras viabiliza exportações a para Argentina

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O ministro da Fazenda Guido Mantega disse ontem (28), em palestra na capital paulista, que são necessários novos estímulos às montadoras de automóveis como forma de viabilizar o aumento das importações por parte da Argentina. "Neste momento, há uma dificuldade de exportar para Argentina que é nosso principal parceiro automobilístico. Houve retração da exportação para um mercado importante", declarou ao participar do seminário Rumos da Economia, organizado pela editora Brasileiros.

Ele destacou que o governo está negociando com o país a liberação de entraves para exportação de automóveis e viabilizando financiamento. Mantega justiticou os estímulos como parte de uma política econômica para impedir o desemprego. Além disso, segundo o ministro, é uma forma de estimular indústrias que têm um peso no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Mantega avaliou que a crise econômica mundial está arrefecendo, mas que o processo de abertura dos mercados são diferentes. "Caminha lentamente a recuperação da economia mundial. Para alguns países, as nossas exportações continuam caindo", declarou. Ele citou o caso das exportações para a Argentina que, no primeiro trimestre caíram 11,1% e para os países da União Europeia (-6,7%). As exportações para os Estados Unidos, por outro lado, registraram alta de 6,6% no período.

Durante a palestra, diferentemente da projeção de crescimento feita pelo governo, que é de 2,5%, Mantega falou em taxa de 2,3%, igual à do ano passado. Ele justificou, no entanto, que se trata de uma previsão e, portanto, não é precisa. "É algo em torno de 2,3%, 2,5%, a gente vai revendo na medida em que tivermos resultados concretos", explicou antes de deixar o evento. O ministro disse que nos instrumentos oficiais, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não é possível alterar a qualquer momento, por isso lá consta 2,5%.

O ministro defendeu, como prioridades da política de desenvolvimento, o aumento dos investimentos, especialmente em infraestrutura e em capital humano; a expansão do mercado interno; além da manutenção do emprego e do estado de bem estar social. As projeções do governo brasileiro apontam crescimento de 3% para 2015 e 4% em cada um dos dois anos seguintes.

Fonte: Comex

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