Liderança brasileira na produção de soja ganha destaque mundial

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Fonte: Portal do Agronegócio
Data: 29/01/2013


O desempenho recorde da produção brasileira de soja foi ressaltado em reportagem da agência alemã de notícias DW (Deutsch Welle). A matéria aponta a agricultura de precisão e reaproveitamento de áreas antigamente utilizadas para pecuária como os fatores decisivos para que o Brasil tenha atingido a liderança na cultura – desbancando os Estados Unidos.

O Centro-Oeste brasileiro já desponta como celeiro, respondendo por mais de 60% da safra. De acordo com estimativas, serão colhidas 82,6 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 24,5% em relação à safra anterior. Segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), os EUA vão colher 77,8 milhões de toneladas (muito abaixo da previsão inicial de 87,2 milhões).

No início uma prática comum, hoje a produção não causa mais desmatamentos. A derrubada da floresta para expansão das plantações de soja não está na ordem do dia. Neri Geller, secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, garante que "abertura de área não acontece mais". Enquanto isso, já atinge 27,3 milhões de hectares a área de plantio de soja nesta temporada, um aumento de 9% em relação ao ano anterior.

O segredo da receita é utilização como lavoura de áreas de pastagem já degradadas pela criação de gado. "São terras que foram usadas há 20 ou 30 anos e que não respondem mais à produtividade de carne. Essa terra está dando lugar à soja", conta Endrigo Dalcin, diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso, Aprosoja.

A essa mudança se alia a ampla utilização de tecnologia para aumentar a produtividade no campo. A realidade é a agricultura de precisão: máquinas guiadas por GPS e piloto automático, que identificam os locais onde o solo deve ser mais adubado. Para ter acesso aos equipamentos, o governo disponibiliza linhas de financiamento, inclusive por pequenos produtores.

A perspectiva é otimista, e estima-se que o Brasil ainda tenha 60 milhões de hectares de terras degradadas passíveis de emprego na agricultura. Peter Thoenes, da FAO, avalia que “[a expansão brasileira] Vai continuar. Nenhum dos outros grandes produtores mundiais, inclusive os Estados Unidos, tem o mesmo potencial para extensão. Lá, está tudo ocupado".

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