Agricultores de São Paulo apostam no cultivo do arroz preto

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Arroz preto tem 20% mais proteína e 30% mais fibra que o arroz integral.

Agricultores de São Paulo apostam no cultivo do arroz preto, uma variedade ainda pouco conhecida e bastante procurada pela alta gastronomia. Boa parte do que é produzido acaba indo para o mercado externo.

Há 30 anos, José Francisco Ruzene caminha na propriedade em Guaratinguetá, região leste do estado de São Paulo, para cuidar de perto da lavoura de arroz. O que mudou, há nove anos, foi a cor do cultivo. Cansado dos baixos rendimentos com o tradicional, o agulhinha, o agricultor resolveu investir no arroz preto. O quilo com casca sai por R$ 2, enquanto o branco é vendido por R$ 0,70.

O arroz preto surgiu na Ásia. Ele tem 20% a mais de proteína e 30% mais de fibra do que o arroz integral. Os grãos são mais curtos, arredondados e têm textura macia.

O tempo de produção é bem parecido com o do arroz branco, são cerca de quatro meses entre o plantio e a colheita. A principal diferença está nos procedimentos depois que o produto sai da lavoura, como o processo de secagem.

Para produzir um arroz preto bom, de qualidade, a água usada no processo é fundamental e nas propriedades do Vale do Paraíba, isso não é problema. A água vem direto da Serra da Mantiqueira.

Limpa e cristalina, ela irriga a plantação, sem qualquer tipo de produto químico. O clima também é favorável a esse tipo de arroz porque as noites são mais frescas do que os dias, o que acrescenta sabor.

Com esses cuidados, a colheita chegou a 600 toneladas esse ano e ganhou os mercados dos Estados Unidos e da França.

Fonte: Portal do Agronegócio

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