CNC e Procafé apontam quebra de 18% na produção de café arábica

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O café arábica é o mais cultivado no Brasil, e sua produção oscila ano a ano, alternando períodos de alta e baixa produtividade.

Este deveria ser o ano positivo para a colheita, no entanto ocorre uma quebra de safra causada pelo longo período de estiagem.

Estudos encomendados pelo Conselho Nacional do Café (CNC) junto à Fundação Procafé apontam para uma quebra de 18% na produção da variedade arábica, e de 14% no total da safra 2014/15, que ficaria no intervalo entre 40,09 milhões e 43,30 milhões de sacas. Para José Mestrener, produtor da fazenda Mestre Café de Minas Gerias, a queda de safra chegou a 30%. "Essa queda faz com que se tenha uma produção de baixa qualidade. O pouco que se vai produzir não vai ser bom. Isso explica as altas nos preços," diz Mestrener.

Segundo o produtor, este mesmo cenário será sentido na próxima safra. Ele explica que a previsão negativa para a colheita de 2015 se deve porque os ramos não se desenvolveram, e permanecem fracos.

O professor da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Shirota, acredita que ainda é cedo para se falar em queda de safra para 2015, apesar de reconhecer que a seca teve grande impacto nas regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais.

O CNC acredita que o veranico que atingiu as origens produtoras no primeiro bimestre de 2014 se estenderá até a safra 2015, com impacto de valorização nos preços. "Sacas que custavam R$ 250, hoje custam R$ 400, e em algumas regiões chegaram a custar bem mais. Os custos da cafeicultura e da mão de obra não vão parar de subir", afirma Mestrener. Os preços nacionais e internacionais do café acumulam valorização de aproximadamente 50% desde o início do ano. Mesmo com a colheita ruim, o Valor Bruto de Produção (VBP) da produção de café mineiro, registrou altas.

De acordo com o CNC, a quebra de safra é ainda mais prejudicial aos agricultores devido aos altos custos envolvidos na produção da commodity, correspondendo a até 40% do custo total de produção.

Fonte: portal do Agronegócio

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