Bovinos, minério e milho puxam IPA para baixo, diz FGV
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- 30/05/14
Na passagem de abril para maio, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerou de alta de 0,79% para retração de 0,65%, com forte contribuição do grupo Matérias-Primas Brutas, que acentuou a deflação de -0,06 para queda de -1,37% no período.
No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pela desaceleração foram bovinos (de 4,22% para -0,15%), minério de ferro (de -3,20% para -6,10%) e milho em grão (de 2,64% para -2,49%). Contudo, foi registrada aceleração em itens como soja em grão (de -1,66% para 0,10%), café em grão (de -1,71% para 4,59%) e laranja (que reduziu o ritmo de queda de -15,82% para -7,99%). O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA teve variação negativa de 0,27%, ante alta de 0,18%% em abril. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura - a taxa de variação passou de -0,05% para -0,51%. Vale destacar que o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,29% em maio, contra alta de 0,14%, em abril.
O índice relativo aos Bens Finais também registrou queda, embora ao passar de alta 2,19% em abril para retração de 0,41% em maio. Influenciou no resultado o comportamento do subgrupo alimentos in natura, com taxa de variação negativa de 3,08% em maio, ante avanço de 10,45% em abril. O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, desacelerou para alta de 0,10% anta avanço de 1,28% em abril.
De acordo com a FGV, entre as maiores influências de baixa no IPA de maio estão minério de ferro (de -3,20% para -6,10%), ovos (de 14,72% para -5,80%), aves (de 1,29% para -4,03) batata-inglesa (de 36,13% para -11,60) e mandioca (apesar de reduzir o ritmo de deflação de -7,99 para -7,32).
Já na lista de maiores influências de alta estão tomate (de -7,46% para 22,51%), leite in natura (de 5,62% para 2,63%), café em grão (de -1,71% para 4,59), cana-de-açúcar (apesar de reduzir ritmo de alta de 3,08% para 0,77%) e arroz em casca (de-2,25% para 3,31%).
Fonte: Jornal do Comércio