Fiergs não vê indícios de reversão do cenário de dificuldades da indústria do RS
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- 04/06/14
A atividade da indústria gaúcha fechou abril com um recuo de 1,5% ante março, já descontados os efeitos sazonais. Os dados, do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) divulgado nesta quarta-feira (4) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), ocorrem após o setor terminar 2013 em queda e começar o ano com forte alta.
Conforme a Fiergs, essa segunda desaceleração consecutiva foi influenciada pela compra de insumos e matéria-prima (-1,1%), massa salarial (-0,7%), emprego (-0,5%) e utilização da capacidade instalada (-0,3%). A queda foi amenizada pelos avanços no faturamento (1,5%) e nas horas trabalhadas na produção (0,8%).
Para o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, não há indícios de reversão do cenário de dificuldades no curto e médio prazo. "Ao contrário, os sinais para os próximos meses são desalentadores. As sondagens recentes com os empresários demonstram a deterioração acentuada da confiança no cenário atual e nas expectativas com o futuro", alertou. A Fiergs ainda aponta que esse padrão oscilatório captado pelo IDI-RS vem desde abril do ano passado, período em que atingiu seu maior nível pós-crise. A tendência declinante ocorreu a partir de novembro, quando as variações negativas começaram a superar as positivas. "Agora o setor está no mesmo patamar de dois anos atrás", lamentou Müller.
Na avaliação anual, a retração do IDI-RS chegou a 6,9% em relação a abril de 2013, a maior desde novembro de 2009. Dos 17 setores com maior impacto na indústria do Estado, 13 recuaram. O cenário de abril acabou puxando para baixo, ainda, o resultado da soma dos quatro primeiros meses de 2014 (-2,0%).
Fonte: FIERGS