Em visita à FIESP, ministro da economia de Portugal convida empresários brasileiros para conhecerem o país europeu
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- 16/06/14
O ministro da economia de Portugal, António Pires de Lima, esteve na manhã desta segunda-feira (16/06) na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O objetivo era apresentar a atual situação econômica de seu país e as oportunidades de negócios e investimentos.
Além dos representantes do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, participaram do encontro Leonardo Mathias, secretário de Estado Adjunto e da Economia, membros da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e empresários portugueses e brasileiros.
"Quando se pensa em diversificar investimentos em diferentes áreas geográficas do mundo, Portugal é um país muito interessante", afirmou o ministro, ressaltando que Portugal fica entre a Europa, a África e a América. Para ele, entre outras vantagens aos investidores no país estão a boa formação de jovens em áreas como engenharia, ciência e administração, as condições fiscais para quem vem de fora e o custo de vida mais barato com relação aos outros países da Europa. "Portugal está no topo do mundo na classificação de rapidez em criar uma nova empresa e somos o país mais avançado da Europa em e-government", destaca Lima.
O ministro apresentou um panorama recente da economia portuguesa. O país entrou no euro há 15 anos e, segundo Lima, o governo da época não tomou ações adequadas para as exigências de uma moeda única, mantendo taxas de juros baixas, muito consumo e muito investimento. O resultado foi um baixo crescimento da economia, gerando dívidas para estado, empresas e famílias e tornando necessário um pedido de assistência financeira em maio de 2011.
Precisando cumprir um programa muito exigente, Portugal corrigiu déficits importantes, como o externo e o das contas públicas e ajuste fiscal. Em 2013, o país conseguiu apresentar uma balança comercial positiva, além de outros benefícios para a economia, como o aumento da competitividade e a redução do desemprego. "Passamos da condição de penúltimo da escala de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para oitavo e queremos chegar aos três primeiros."
Ponto de partida
O vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, afirmou que o encontro é um ponto de partida para que sejam feitos investimentos nos dois países e também investimentos conjuntos de Brasil e Portugal, por exemplo, em países africanos.
Fonte: Agência Indusnet Fiesp