Criação de emprego formal é o menor em 22 anos para maio

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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho, mostram que a criação de empregos formais em maio foi a mais baixa dos últimos 22 anos. O Brasil criou 58.836 empregos com carteira assinada no mês de maio, o que representa uma queda de 18,3% frente ao mesmo mês do ano passado (72.028 vagas formais).

O desempenho do mercado de trabalho em maio se deve em grande parte às demissões no setor da indústria de transformação, que teve mais de 28,5 mil postos fechados. As áreas que contribuíram para o mau desempenho do setor foram a indústria mecânica, com 6,6 mil demissões, a de material de transporte (-5,3 mil) e a de produtos alimentícios (-4,8 mil).

A agricultura e o setor de serviços foram os setores com os melhores resultados – mais de 44 mil e 38 mil contratações, respectivamente. Na agricultura, os destaques positivos foram no cultivo de café (27 mil postos), laranja (quase 7 mil) e cana-de-açúcar (6 mil). Em serviços, os destaques positivos foram nas áreas de alojamento, alimentação e serviços médicos e odontológicos. Em relação às unidades da federação, Pernambuco foi a que teve o pior número com cerca de 10 mil demissões. Alagoas e o Rio Grande do Sul também fecharam muitos postos de trabalho – 8,5 mil e 4 mil, respectivamente. Os melhores desempenhos foram os de Minas Gerais, com a criação de mais de 22 mil postos, seguido por São Paulo (13 mil) e pelo Rio de Janeiro (quase 9 mil).

De janeiro a maio deste ano, somam-se 545 mil postos de trabalho criados. A expectativa do governo para o ano é 1,5 milhão de novas vagas, apesar do resultado fraco de maio.

No acumulado do governo Dilma Rousseff, de janeiro de 2011 a maio de 2014, o saldo de postos de trabalho com carteira assinada foi 5 milhões. Nesse mesmo período, serviços foi o setor com o melhor resultado – mais de 2,5 milhões de empregos gerados, seguido pelo comércio (1,1 milhão). Os serviços industriais de utilidade pública e o setor de extração mineral abriram menos postos de trabalho formal – 32,9 mil e 35 mil vagas, respectivamente.

Fonte: Agência Brasil

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