Excesso de umidade dificulta a colheita do girassol em MT

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Apesar do atraso, os agricultores têm motivo para comemorar Safra foi boa e a venda está garantida.

O excesso de umidade atrasou a colheita do girassol em Mato Grosso, mesmo assim, os agricultores têm motivo para comemorar. A safra foi boa e a venda está garantida.

As flores já não estão mais bonitas, nem com o amarelo vibrante da época da florada. Os girassóis estão murchos e com uma cor escura porque este é o ponto certo de colher. Em uma propriedade em Campo Novo do Parecis, o plantio foi feito mais cedo e a colheita já está terminando. Dos 1,7 mil hectares cultivados, só falta colher 300 hectares. Toda a produção vai para uma beneficiadora da própria fazenda.

A aposta maior dos produtores na semente, este ano, chama a atenção. O agricultor Ricardo Arioli plantou 750 hectares da variedade para óleo, 250 hectares a mais que na safra anterior.

O aumento foi feito com a diminuição da área de milho, que não está remunerando tanto. "O girassol você já planta sabendo a que preço você vai vender, sabendo a produtividade que vai alcançar, então é uma cultura muito mais segura em termos de renda para a propriedade", diz.

O produtor começou a colheita nos primeiros talhões plantados com girassol há poucos dias, mas precisa fazer pausas por causa do tempo úmido. A umidade ideal para o grão ser colhido é de até 10% e só assim ele é aceito pelo mercado. Na fazenda de Ricardo, por exemplo, as sementes ainda estão com 13% de água, por isso, as duas colheitadeiras que ele tem estão no pátio, paradas. A umidade também está favorecendo o aparecimento de lagartas como a Helicoverpa armígera, mesmo depois do agricultor ter feito o controle.

A produção crescente do grão é recebida por uma indústria, que extrai o óleo bruto do girassol, instalada no próprio município de Campo Novo do Parecis. Os produtores estão vendendo a saca de semente de girassol por R$ 55.

O farelo, conhecido também como torta de girassol, é o que sobra durante o processo de esmagamento da matéria-prima. O óleo é vendido para refinarias do Sul e Sudeste do país e o farelo vai para confinamentos e fábricas de ração para bovinos.

Fonte: Globo Rural

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