Patriota diz que é cedo para avaliar impactos ao Brasil de acordo entre UE e EUA

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Fonte: Folha de São Paulo
Data: 18/02/2013


O chanceler Antônio Patriota afirmou nesta segunda-feira (18) que ainda é prematuro apontar prejuízos para a indústria nacional com a formação de uma área de livre comércio entre EUA e União Europeia (UE).

As duas potências anunciaram para o fim deste ano o início das conversas para costurar um dos mais importantes acordos comerciais da história.

O ministro lembrou que UE e EUA já adotam tarifas aduaneiras relativamente baixas e que os países "talvez não sejam complementares em áreas como agricultura".

"Existem grandes dúvidas sobre se os subsídios à agricultura poderão ser desmantelados ou não. Ou seja, é prematuro falar de qual exatamente pode ser o impacto [para o Brasil] quando não se sabe como será a gênese desse acordo", disse Patriota.

Setores do governo, no entanto, demonstram preocupação com o avanço das negociações. A avaliação é que o Brasil sairá inevitavelmente prejudicado caso o acordo prospere, diante das vantagens que as empresas americanas e europeias ganharão com barreiras comerciais menores.

Patriota minimizou esse cenário: "O Brasil não se posicionará em desvantagem, na medida em que o Brasil também está sempre procurando vantagens na área do comércio exterior. (...) Existe uma nova configuração internacional de poder econômico, comercial e geopolítico que tão pouco pode ser ignorada, e que afetará a emergência desse novo cenário no plano comercial. Em outras palavras, é cedo para dizer".

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