China nomeia Xi presidente e conclui transição de poder

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Fonte: Reuters
Data: 14/03/2013


O Parlamento chinês formalizou nesta quinta-feira a nomeação de Xi Jinping como presidente do país, concluindo a segunda sucessão sem sobressaltos desde que o Partido Comunista tomou o poder, em 1949.

O Congresso Nacional Popular elegeu Xi em uma cerimônia rigorosamente roteirizada no Grande Salão do Povo, no centro de Pequim. Em novembro, Xi já havia sido nomeado chefe do partido e das Forças Armadas -- as verdadeiras instâncias de poder no país mais populoso do mundo.

Xi, de 59 anos, também foi eleito para chefiar a Comissão Militar Central, um cargo governamental paralelo ao comando militar partidário, que ele já detém. Esse acúmulo garante que ele tenha total poder sobre o partido, o Estado e as Forças Armadas.

Entre quase 3.000 parlamentares, só um votou contra Xi, e três se abstiveram. Após o resultado, mostrado ao vivo pela TV, o novo presidente se curvou reverencialmente e apertou as mãos do seu antecessor, Hu Jintao, com quem trocou algumas palavras inaudíveis.

Li Yuanchao foi eleito vice-presidente. Havia cinco outros candidatos ao cargo, e o influente ex-presidente Jiang Zemin fazia campanha por Liu Yunshan, ex-chefe de propaganda do regime.

ESPERANÇA EM XI

Desde que assumiu o comando partidário, em novembro, Xi priorizou a luta contra a corrupção e promoveu práticas austeras, como proibir comandantes militares de realizarem banquetes regados a bebidas alcoólicas.

Muitos chineses esperam que Xi leve a mudanças num país que se tornou a segunda maior economia mundial, mas que ainda enfrenta profundas desigualdades, corrupção e destruição ambiental.

Para o parlamentar Yan Chengzhong, a tarefa mais premente para o novo governo será proteger o ambiente. "Venho de Xangai, onde há 6.000 porcos mortos boiando no rio. Isso fala de quão frágil é o nosso ambiente ecológico."

Xi herda um ambiente político em que há mais desconfiança em relação ao governo e mais facilidade de uso da internet para críticas aos líderes.

Ao mesmo tempo, seu governo precisará lidar com a desaceleração econômica, com a valorização irracional do mercado imobiliário, com o endividamento dos governos locais e com a tendência da economia chinesa de depender de grandes investimentos para crescer.

Na frente externa, os maiores desafios são o comportamento provocativo da aliada Coreia do Norte e as tensões com os Estados Unidos, o Japão e o Sudeste Asiático.

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