Brasil pode perder grau de investimento, por baixo crescimento e gastos do governo
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- 11/06/13
Primeira a promover o país, em abril de 2008, a Standard & Poor's também foi a primeira a reduzir a perspectiva positiva das condições macroeconômicas brasileiras, que saiu de "estável" para "negativa", por conta do baixo crescimento e dos gastos do governo. É o primeiro passo na direção do rebaixamento da nota de crédito do país, algo que pode ocorrer ao longo dos próximos dois anos, segundo a S&P.
A nota dada pelas agências de rating funciona como um selo de qualidade para o investidor estrangeiro aplicar o seus recursos no país. O movimento da S&P acontece poucos dias depois de o governo mudar a tributação sobre o capital externo para trazer mais recursos para o país.
O mercado reagiu à notícia com pessimismo e um sinal de alerta quanto aos rumos da política econômica brasileira. Ao mesmo tempo, analistas destacaram na noite de ontem que o movimento iniciado pela S&P confirma, de certa forma, a percepção dos investidores diante da falta de dinamismo da atividade econômica brasileira.
O governo federal, no entanto, minimizou a notícia. Segundo o secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, mudanças na perspectiva da nota acontecem em função dos ciclos da economia. Holland disse que aconteceu até com os Estados Unidos. O Brasil tem tido um crescimento acima da média dos demais países do mundo no período pós-crise, incluindo os últimos três anos.
A possibilidade de rebaixamento de rating do Brasil também atingiu duas das principais empresas do país.
Fonte: Portal do Agronegócio