Petrobras faz acordo com chinesa para refinaria

Imprimir

A Petrobras deu ontem um importante passo para tornar viável o projeto da refinaria Premium I, no Maranhão. A estatal, após meses de rumores, anunciou que assinou com a chinesa Sinopec, também estatal, uma carta de intenções para desenvolver "estudos conjuntos" para a construção do empreendimento - hoje, a refinaria é a maior da empresa em fase de projeto no país, com capacidade para refinar 600 mil barris de petróleo por dia.

Segundo comunicado da Petrobras, o entendimento entre as empresas foi assinado em 11 de junho. Pelo acordo, as companhias vão estudar ainda a "viabilidade de eventual criação de uma joint venture" para a implementação do projeto. A refinaria do Maranhão entrou no plano da Petrobras em 2008, quando a empresa era presidida por José Sergio Gabrielli. Segundo fontes do mercado, a refinaria está orçada em US$ 20 bilhões, valor que a Petrobras não confirma.

Originalmente, a Premium I tinha previsão para iniciar a operação em 2016. Mas, segundo o Plano de Negócios 2013/17 da Petrobras, o primeiro trem, que conta com capacidade para processar 300 mil barris por dia, está previsto para entrar em operação em outubro de 2017. Já o segundo trem, também com capacidade de 300 mil barris por dia, entrará em operação em outubro de 2020.

Assim como na Premium 1, a Petrobras havia assinado, no dia 29 de maio, carta de intenção com a sul-coreana da GS Energy Corporation para desenvolver estudos em conjunto para a construção da refinaria Premium II, no Ceará - com capacidade de 300 mil barris por dia, custo estimado em US$ 10 bilhões e que também entrou no Plano de Negócios de 2008. Da mesma forma que na Premium I, a estatal disse que vai estudar com a GS a viabilidade de criação de parceria entre as empresas para a construção da refinaria, que tem previsão de entrar em operação no fim de 2017.

- As duas refinarias vêm passando por um profundo estudo de reformulação de seus projetos com o objetivo de torná-los economicamente viáveis. Hoje não são ainda. A ideia é que as duas asiáticas sejam sócias nos projetos. Em 2009, a Petrobras chegou a assinar carta de intenção com as japonesas Mistsui, que seria sócia da refinaria no Ceará, e a Marubeni, que entraria no Maranhão.

Naquela ocasião, as japonesas teriam cerca de 20% das refinarias. Mas não se chegou a um acordo - lembrou uma fonte do setor, destacando que as duas refinarias vão produzir, sobretudo, diesel.

A Petrobras afirmou que as cartas de intenções assinadas recentemente não geram obrigação de firmar futuros acordos comerciais ou operacionais, após o resultado dos estudos de viabilidade. A empresa pretende detalhar o projeto das refinarias em julho.

No Rio, o início do Comperj foi adiado de 2015 para 2016. Já a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, está com 74,8% das obras concluídas. Sem a sócia venezuelana PDVSA, a estatal já gastou US$ 18,5 bilhões para inaugurá-la em 2014.

Para analistas, é essencial ter as refinarias funcionando a todo vapor, pois, sem elas, o Brasil terá de importar 30% da demanda de derivados em 2020.

Fonte: O Globo

Imprimir

Endereço em transição - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil       celula

Telefone temporário: +55 31 994435552

Horário de Atendimento - Home Office

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

Todos os direitos reservados © 2010 - 2016