São Paulo exporta produtos de maior valor agregado
- Detalhes
- 20/06/13
O Estado de São Paulo comercializa, com o exterior, produtos de maior valor agregado, enquanto o Brasil concentra parte importante de suas exportações em commodities.
De acordo com estudo da Fundação Seade, o Estado de São Paulo possui uma estrutura produtiva bastante distinta do restante do país, pois concentra grande parte do complexo industrial brasileiro.
Os produtos industrializados respondem por 87,1% do valor total da lista de produtos de exportação paulista, enquanto para o conjunto do país estes produtos equivalem a 51,1%. As exportações paulistas representam 24,5% das brasileiras e são responsáveis por 41,7% dos produtos industrializados. Quando se consideram os produtos de maior intensidade tecnológica, esta proporção é ainda maior, concentrando 75,7% dos de alta intensidade e 51,8% dos de média alta.
Entre os principais produtos da pauta de exportações paulista, destacam-se os aviões e os açúcares (da cana, beterraba e sacarose), com participações respectivas de 7,7% e 12,5% no total das exportações. O Brasil tem, como principais produtos exportados, minerais não processados (minério de ferro e óleo bruto de petróleo, que correspondem, respectivamente, a 9,8% e 8,4% da pauta) e agrícolas (soja, que equivale a 7,1%), todos representantes da categoria de produtos básicos.
As exportações paulistas passaram de US$ 17,5 bilhões em 1999 para US$ 59,3 bilhões em 2012, o que significa um aumento real de 145,5% do valor exportado.
Quanto ao destino dos produtos exportados, dos dez maiores países de destino das exportações do Brasil e do Estado de São Paulo, sete são coincidentes, mas as participações desses são bastante distintas. A China, por exemplo, é o maior comprador brasileiro, com 17% das exportações, mas é apenas o terceiro paulista (6%).
Já a Argentina tem padrão inverso: é o terceiro para o Brasil, com 7%, e o primeiro para o Estado, com 14% da pauta. Os Estados Unidos são o segundo tanto para São Paulo como para o Brasil.
As exportações paulistas atuam como estabilizadoras, principalmente ao diversificar sua lista de exportações, ajudando a diminuir a vulnerabilidade do país a choques externos.
Fonte: Brasil Econômico