Governo vê investidores saindo de forma "marginal" do Brasil por protestos

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O governo está vendo pequena saída de investidores estrangeiros do país por conta da onda de manifestações que tomou conta de diversas cidades brasileiras nos últimos dias, afirmou uma fonte da equipe econômica.

"Tem sido uma saída marginal (de investidores estrangeiros), é difícil entender o que está acontecendo", afirmou a fonte, sob condição de anonimato.

Os mercados financeiros estão vivendo dias bastante agitados e com forte volatilidade devido sobretudo à perspectiva de o Federal Reserve --o banco central dos Estados Unidos-- reduzir o ritmo das compras mensais de títulos. Mas no mercado começam a surgir avaliações de que os protestos acabaram por amplificar as turbulências financeiras.

As manifestações começaram contra o aumento das tarifas de transporte público e se amplificaram por insatisfações generalizadas com o poder público. Em alguns momentos, a violência extrapolou com vandalismo e confrontos com a polícia.

O banco Barclays acredita que as vendas generalizadas nos mercados brasileiros "foram amplificadas pelas manifestações sociais, apesar de a raiz ser a falta de controle fiscal que colocou o Brasil na rota de um rebaixamento de crédito soberano".

No início do mês, a agência de classificação de risco Standard & Poors piorou a perspectiva do rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa".

O dólar está em trajetória ascendente, apesar das diversas intervenções do BC. As taxas de juros futuros registraram forte alta nas últimas sessões devido à volatilidade, o que levou o Tesouro a realizar leilões extraordinários para dar parâmetros de preços nos títulos da dívida pública.

Esse cenário de instabilidade nos mercados e de protestos deixou o governo em situação de alerta. A presidente Dilma Rousseff cancelou viagem ao Japão e convocou reunião com ministros para discutir as demandas populares.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, cancelou sua participação na segunda-feira em um evento em Londres com investidores para monitorar os mercados locais.

Fonte: Brasil Econômico

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