Produção mundial de açúcar cairá pouco em 13/14 apesar de excedente

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A produção mundial deve recuar apenas modestamente na próxima temporada, apesar de uma oferta reforçada e preços internacionais fracos, disse um economista sênior nesta sexta-feira.

A Organização Internacional do Açúcar (OIA) previu que haverá mais um ano de excedente, o terceiro consecutivo, de 3,5 milhões de toneladas em 2013/14, queda ante uma sobra de cerca de 10 milhões em 2012/13.

Leonardo Bichara Rocha, economista sênior da OIA, disse em uma apresentação durante uma conferência sobre açúcar e etanol que a produção mundial de açúcar está prevista para ficar em 178,5 milhões de toneladas em 2013/14, não muito longe dos 182 milhões de toneladas esperados em 2012/13. "Nós não devemos ver nenhuma grande queda na produção global de açúcar na próxima temporada", disse o economista, sediado em Londres.

"Preços mais altos em importadores como a China, a União Europeia e a Rússia estão prevenindo que ocorram grandes quedas na produção doméstica."

Produtores em algumas origens como a UE, se beneficiam com preços sustentados.

Bichara Rocha acrescentou que "nós estamos vendo safras muito boas ou excelentes em quase todos os principais produtores mundiais".

Ele disse que os excedentes acumulados ao longo das últimas três temporadas haviam levado a relação entre os estoques globais e o consumo a mais de 40 por cento pela primeira vez desde 2007/08.

Segundo Bichara, a fraqueza do real está incentivando os produtores brasileiros a venderem cada vez mais açúcar, à medida que aumenta suas receitas na moeda local ante o açúcar precificado em dólar.

A consultoria Datagro, organizadora da conferência, também previu uma queda no excedente global de açúcar em 2013/14, e observou que a extensão da redução seria ligada ao volume que as usinas destinariam à produção de etanol ao invés de açúcar.

O presidente da Datagro, Plínio Nastari, estima que o custo médio de produção de açúcar bruto no Brasil está atualmente em 18,3 centavos de dólar por libra-peso, acima do contrato referência da ICE, o outubro, negociado a 16,43 centavos de dólar por libra-peso nesta sexta-feira, perto de uma mínima de três anos para um primeiro contrato.

Segundo Nastari, os preços do açúcar bruto teriam que ser negociados por um longo período entre 5 a 8 centavos de dólar por libra-peso acima do custo de produção dos produtores brasileiros, a fim de estimular investimentos em uma expansão da capacidade no Brasil.

Fonte: Reuters

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