Exportação de carne suína brasileira para Argentina reduz em 70%

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As indústrias de processamento de carne suína assim como grande parte da cadeia produtiva do país está sendo duramente afetada pelo comportamento de alguns países parceiros do Mercosul.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila, a imaturidade e falta de visão de longo prazo dos parceiros comerciais do Brasil, especialmente a Argentina, é refletida nas medidas que frequentemente desenvolve entraves ao livre comércio. O dirigente lembra que, há um ano, a Argentina criou obstáculos para emissão das licenças de importação para a compra da carne suína brasileira. Essas dificuldades permanecem porque os argentinos decidiram equilibrar sua balança comercial, reduzindo as importações do Brasil.

Como não pode erguer barreiras comerciais em razão do acordo do Mercosul, o governo argentino impôs medidas burocráticas adicionais, reduzindo e dificultando a liberação das licenças de importação.

De acordo com o presidente do Sindicarne, o Brasil vende hoje 30% do que vendia para a Argentina em 2011 em carne suína. Hoje, a exportação baixou de 3.000 para 1.000 toneladas por mês.

O segmento de carnes alega ser um dos mais penalizados com a inconstância dos parceiros do Mercosul. Clever Ávila lembra que o ciclo produtivo é longo e, para atender os mercados, a indústria da carne precisa de estabilidade nas regras de jogo.

"A Argentina é um parceiro comercial importante, mas é um faz de conta geral: faz de conta que pertenço ao Mercosul, faz de conta que respeito as regras acordadas etc", reclama o dirigente. Na opinião do presidente do Sindicarne, o Governo brasileiro deveria ser mais enérgico na defesa dos interesses comerciais brasileiros, mas lhe falta mais agressividade no comércio exterior.


Fonte: AF News

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