G20 está cauteloso com mercados e promete mudança de política

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Em comunicado, o grupo apresenta um plano de ação para impulsionar o emprego e traçar um caminho para a recuperação

Líderes do G20 posam para a foto oficial da cúpula de Los Cabos, no México

O G20 apresenta um plano de ação para impulsionar o emprego e o crescimento, enquanto reequilibra a demanda global e a dívida (Bertrand Langlois/AFP)

O G20 grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo - tentou mostrar cautela em relação à volatilidade do mercado e prometeu nesta sexta-feira mudar cuidadosamente sua política, ao comunicar de forma clara como os países buscam traçar um caminho para a recuperação. Um esboço final do comunicado preparado para a reunião de ministros de finanças e membros de bancos centrais em Moscou traz que um plano de ação para impulsionar o emprego e o crescimento, enquanto reequilibra a demanda global e a dívida.

"Continuamos atentos aos riscos e efeitos colaterais negativos não pretendidos de períodos prolongados de afrouxamento monetário", mostrou o esboço. Ele ainda determina que as mudanças futuras com relação à política monetária continuem "a ser cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas."

Os ministros vão revisar o texto em um jantar na noite desta sexta, com as mentes voltadas para as vendas globais de ações e títulos, provocadas pelo plano dos Estados Unidos de retirar o estímulo monetário. Os líderes do G20 se reunirão em São Petersburgo, em setembro.

Um documento preparado pelos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a reunião de Moscou advertiu que a turbulência no mercado financeiro pode se aprofundar, a menos que os políticos tenham cuidado. "O crescimento pode ser mais baixo que o projetado devido ao período prolongado de estagnação na zona do euro.

Os riscos de uma desaceleração mais longa nos mercados emergentes têm aumentado", segundo nota. "A eventual saída das taxas baixas e da política monetária não convencional em economias desenvolvidas pode apresentar desafios para as economias emergentes, especialmente se a saída avançar rápido demais ou se não for bem comunicada."

O anúncio feito há dois meses pelo chairman do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, de que a autoridade monetária norte-americana pode começar a reduzir seu programa de compras de títulos mensais provocou pânico com as vendas generalizadas de ativos, especialmente em mercados emergentes.

Os investidores se acalmaram nesta semana quando Bernanke, em discurso no Congresso, afirmou que a redução da compra de títulos ocorrerá apenas se a economia mostrar sinais fortes de recuperação - o que não é o caso ainda. "Claramente existe um temor entre economias do mercado emergente de que após serem inundadas com entradas de capital, poderemos estar à beira de uma reversão dessa inundação", disse uma autoridade do Banco Central Europeu.

China - Fontes do G20 disseram que a China será encorajada a incentivar o crescimento guiado pela demanda doméstica e permitir maior flexibilidade da taxa de câmbio como parte dos esforços mais amplos para requilibrar a economia global. "Estamos determinados a continuar o progresso com o requilíbrio da demanda global, o que requer o reequilíbrio interno através de reformas estruturais e de flexibilidade da taxa de câmbio", informa o esboço do documento.

Pequim ofereceu um alento nesta sexta-feira, removendo um piso sobre as taxas que os bancos podem cobrar dos clientes por empréstimos, o que por sua vez deve reduzir o custo de empréstimo para empresas e famílias.

Fonte: Veja

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