Cepal: Brasil e México fazem AL crescer menos

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Estimativa de crescimento na região é revista de 3,5% para 3%. Chile, Panamá e Peru também desaceleram.

A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) reduziu a projeção para o crescimento da região de 3,5% para 3% em 2013. Segundo o Estudo Econômico da América Latina e do Caribe, divulgado ontem, o fraco desempenho das economias do Brasil e do México está entre os responsáveis pela revisão.

Para o Brasil, a estimativa foi revista de 3% para 2,5%. No caso do México, de 3,5% para 2,8%. De acordo com o estudo, a região também sofreu o impacto da desaceleração de economias que estavam crescendo a taxas elevadas, como Chile, Panamá e Peru. A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, demonstrou otimismo ao comentar as perspectivas para o Brasil. Embora a instituição tenha reduzido a projeção para o crescimento do país em 2013, ela frisou que o governo tem feito esforços para reduzir a desigualdade, elevar aportes em educação e saúde e atrair investimentos.

- As perspectivas são positivas. O país pode ter um melhor desempenho (em 2014). Acho que a percepção dentro do país é pior do que realmente é. O Brasil está fazendo mudanças em sua estrutura que caminham na direção do crescimento.

O documento destaca que os países latino-americanos estão sendo afetados pelas turbulências no cenário externo, o que pode ter impactos negativos no curto e longo prazos, especialmente por causa da dependência das exportações para Europa e China. Outro problema, segundo a Cepal, está no fato de que o crescimento dos países continua muito dependente do consumo, que está desacelerando, enquanto a taxa de investimento continua baixa.

- O cenário revela problemas de sustentabilidade do crescimento na maior parte das economias da região e justifica estabelecer a necessidade de ampliar e diversificar as fontes de expansão. Necessitamos de um pacto social para aumentar investimento e produtividade e mudar os padrões de produção para crescer com igualdade.

A alta dependência das exportações para a Europa e a China, num momento em que essas economias estão desacelerando, vai piorar as contas externas da América Latina e do Caribe. A Cepal também elevou sua projeção para o déficit em conta corrente da região de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos) para 2%. Será a maior taxa desde 2001.

Fonte: O Globo

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